quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Português reprova 37,9% dos candidatos a vagas para estágio


A língua portuguesa ainda tem sido a vilã de muitos estudantes, além de ser a responsável por eliminar muitos candidatos em processos seletivos. Uma pesquisa realizada pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) mostrou que quatro em cada dez candidatos a estágio perdem as vagas por causa de erros de português.

A pesquisa foi realizada com 8.208 candidatos que foram avaliados por meio de um teste ortográfico, em forma de ditado, com 30 palavras do cotidiano, como “seiscentos”, “sucesso” e “escassez”. Seria reprovado quem cometesse mais de sete erros.

Reprovados

No total, 3.111 candidatos foram eliminados. A pesquisa mostrou que as mulheres alcançaram resultados melhores em comparação aos homens.

Estudantes dos cursos de design (73,50%) e sistemas de informação e computação (53%) tiveram o pior desempenho.

Já os candidatos com idade entre 14 e 18 anos tiveram resultados ruins e mais de 60% deles foram desclassificados. Em outras faixas etárias não foi diferente: 37,27% entre 19 e 25 anos, 40,61% entre 26 e 30 anos e 39,53% dos acima de 30 anos não se saíram bem.

Como melhorar

Em entrevista concedida à FolhaPress, o coordenador de seleção Erick Sperduti afirma que o erro está na falta de leitura. “Impressiona o fato de os jovens, na fase da universidade, registrarem erros graves na grafia. Apenas 25% dos brasileiros mantêm o hábito da leitura. Com isso, o reflexo é percebido antes até de ingressarem no mercado de trabalho”, analisa o coordenador.

Investir na leitura ainda é a melhor opção para enriquecer o vocabulário e conhecer mais as palavras usadas no dia a dia. Muitos são os jovens que contam somente com o ensino aprendido nas salas de aula e esquecem que o conhecimento vai além de algumas horas. É preciso empenho diário, dedicação e vontade de aprender.

O mercado de trabalho não espera do jovem apenas a formação técnica ou acadêmica, mas busca alguém que tenha as competências profissionais para desempenhar funções indispensáveis. Vale lembrar que dominar o próprio idioma é condição obrigatória para todos.

Fonte: Folha Universal

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