No
início do mês de outubro, a modelo e atriz norte-americana Kim
Kardashian foi feita refém dentro de seu apartamento no Hotel de
Pourtalès, em Paris, na França. Os criminosos roubaram cerca de US$ 11
milhões em joias.
De acordo com o site E! Online, a atriz ficou muito abalada
emocionalmente com o episódio, passou a ter flash-backs dos momentos de
tensão e começou a fazer terapia. Segundo a página, fontes próximas à
modelo informaram que ela estava tendo frequentes crises de pânico. “Ela
não está bem, está pior do que pensam. Tem tido ataques de pânico e se
recusa a ficar sozinha”, disse uma delas.
O medo de ser assaltada novamente é tão grande que ela não consegue
mais sair de casa para cumprir seus compromissos. Kim teria cancelado
uma grande festa que faria para comemorar seu aniversário, em Las Vegas,
nos Estados Unidos, e decidido ficar reclusa em sua mansão em Los
Angeles para se proteger contra novos crimes e desastres. Para isso,
providenciou a construção de um “quarto do pânico”, que custará cerca de
US$ 100 mil.
Segundo a revista InTouch Weekly, o local que abrigará a família de
Kim em caso de assaltos e atentados possuirá muitas câmeras e será
resistente a incêndios e terremotos.
Ainda conforme a publicação, fontes afirmaram que essa decisão é mais
um sinal de que a modelo ficou mesmo traumatizada com o assalto. “Ela
está paranoica e não tem dormido direito”, revelou uma informante.
Que transtorno é esse
O que acontece com Kim é mais comum do que se imagina. Trata-se da
Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico (TP), termo mais usado
atualmente, que acomete mais de 280 milhões de pessoas no mundo todo,
segundo a Organização Mundial da Saúde.
Conhecida como a doença da modernidade,até pouco tempo atrás, era
mais frequente em mulheres do que em homens. Mas esse quadro vem mudando
com o passar do tempo. Atualmente, o problema geralmente atinge pessoas
entre 21 anos e 40 anos que se encontram em fase de plena realização
profissional. São pessoas produtivas, que assumem uma carga excessiva de
responsabilidade e possuem tendência a se preocupar excessivamente com
problemas do cotidiano.
Para a psiquiatria, é um distúrbio caracterizado por crises de medo e
desespero, que ocorrem em qualquer período do dia e em diferentes
situações, como enquanto a pessoa está dirigindo, fazendo compras,
participando de uma reunião, assistindo a um filme no cinema ou até
mesmo dormindo.
O psiquiatra Isaac Efraim explica que os ataques são repentinos e
provocados por uma situação de ansiedade. “Ela ocorre quando a pessoa
tem uma sensação de falta de controle, consciente ou inconsciente, que
se manifesta através de sintomas agudos de ansiedade generalizada ou
localizada, sempre muito intensa”, afirma.
Para caracterizar o transtorno, a pessoa deve sentir pelo menos
quatro sintomas relacionados, como taquicardia, tremores, vertigens, dor
no peito, sudorese, etc. O pico das crises geralmente dura 10 minutos.
Mas, na verdade, bastam 30 segundos para a pessoa, que se sentia bem,
ser tomada pela sensação de que vai morrer.
A síndrome pode ser desencadeada por um trauma, como no caso de Kim,
mas essa relação não é obrigatória. Muitas pessoas desenvolvem ataques
de pânico sem que haja uma causa definida. “Esse distúrbio é nitidamente
diferente de outros tipos de ansiedade, sem fatores aparentemente
desencadeantes. São pessoas cronicamente ansiosas e controladoras, que
manifestam a falta de controle diante de razões reais ou imaginárias”, destaca o especialista.
Fonte: folhauniversal.org
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