domingo, 4 de setembro de 2016

Atitude inusitada de uma mãe que percebe preconceito contra os filhos


Se seus filhos fossem negros e você recebesse um bilhete da escola com um recado para que trançasse ou aparasse os cabelos deles, o que você pensaria? Se sentiria constrangida por racismo? Foi assim que a professora de música Débora Figueiredo, de 32 anos, se sentiu. Os filhos gêmeos dela, Antônio e Benício, de 3 anos, estudavam em uma escola particular em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, e ela foi surpreendida com essa solicitação.

Imediatamente, Débora tirou uma foto do bilhete e fez um post em seu Facebook, que teve mais de 4 mil compartilhamentos. “Como eu gostaria que meus filhos não passassem por nenhum tipo de preconceito, como eu gostaria de protegê-los desse mundo cruel, como eu gostaria de afastar gente ruim travestido de bonzinhos antes que eles tivessem o desprazer de ter contato. Meus filhos Antônio e Benício foram vítimas de preconceito por causa do cabelo deles, recebi essa mensagem na agenda escrita pela coordenadora da escola que até então tinha meu respeito, daqui em diante... Eu não posso protegê-los de tudo, mas sempre vou lutar por eles”, escreveu.

A escola se defendeu, alegou que não houve racismo e que o pedido foi feito para proteger os garotos de um surto de piolho. A diretora disse que o bilhete não foi mandado para outros pais, só para Débora, pois os gêmeos eram os únicos alunos da turma a irem à escola sem estar com o cabelo preso, o que seria indicado para evitar o contágio.

A mãe dos garotos afirmou que tirou os meninos da escola e estuda processar a instituição. A atitude dela foi pontual ao não concordar com o que entende ser racismo. Tão importante quanto saber detectar situações em que o preconceito aparece velado é saber se colocar de forma adequada para que não se repitam. E não somente porque o preconceito constrange só quem é negro, mas também porque quem não é negro passará a ter outro entendimento e outra atitude em relação a ações preconceituosas em que o racismo está embutido. Trata-se também de uma maneira de incentivar a autoestima das crianças, independentemente da cor da pele, já que é preciso ensiná-las a ter respeito ao próximo para que levem isso para a vida delas.

Fonte:http://www.universal.org/

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