terça-feira, 31 de janeiro de 2017

O que fazer diante da violência?

 

A violência é uma realidade em todo o País. Basta ligar a televisão para se deparar com diversas reportagens diárias que mostram pessoas mortas em assaltos, sequestros, crimes passionais, entre outros. Esse cenário faz com que o sentimento de insegurança aumente cada vez mais.
 
É o que mostra o levantamento realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), que integra o 10º Anuário da Segurança Pública. De acordo com a pesquisa, 76% dos 3.625 brasileiros entrevistados em mais de 217 municípios afirmaram ter medo de serem mortos.

E o medo não se restringe ao pavor de perder a vida. É muito comum que uma pessoa que já tenha sido vítima de criminosos fique com receio de sair de casa, voltar para o lar depois do trabalho ou até mesmo de trocar de automóvel. As cicatrizes e os traumas têm obrigado muitos a mudar suas rotinas e viver de forma insegura e infeliz.

Superando os traumas

Segundo o tenente-coronel veterano da Polícia Militar do Estado de São Paulo Diógenes Lucca, quando a prevenção falha e um assalto acontece, o trauma é inevitável. “A experiência tem mostrado que poucos minutos após o evento crítico a tristeza pela perda patrimonial cede lugar a uma sensação muito ruim de ter sido subjugado ou ter tido a sua vida ameaçada por um criminoso armado”, analisa.

A psicóloga Niliane Maria de Brito Alves afirma que esse sentimento pode se tornar patológico. “Ele pode se transformar em transtornos psicológicos, como fobia e síndrome do pânico, entre outros. Por isso, as pessoas precisam andar atentas e não podem deixar que esse medo as paralise. O sentimento não pode ser mais forte”, avalia.

Proteção

Diógenes Lucca cita algumas dicas básicas que reforçam a segurança no dia a dia. “Controle as suas informações (redes sociais, extratos bancários, aplicações financeiras, etc.). Não aceite a ajuda de estranhos em caixa eletrônicos. Antes de sair de casa, observe se há alguém em atitude suspeita. Muita atenção a motocicleta com dois ocupantes. Se usar o transporte público, mantenha seus objetos pessoais à frente do corpo e com facilidade de contato visual”, orienta.

Para quem tem o costume de dirigir, o tenente-coronel diz que a atenção deve ser redobrada. “Mantenha as portas travadas e janelas fechadas e não se desconecte do cenário externo por distrações ao celular. Faça caminhos alternativos para quebrar a rotina e conheça em cada itinerário os pontos de segurança. Não fique dentro do carro estacionado. Em caso de pequenos acidentes, pneu furado ou coisas arremessadas contra o carro, só pare se o lugar for seguro. Há muitos golpes com essas armadilhas”, conclui.

É importante e essencial cobrar dos governantes a redução das diferenças sociais e exigir dos órgãos de segurança pública uma melhor prestação de serviços, além de tomar todos os cuidado preventivos. É preciso adotar esses comportamentos de segurança na rotina diária para evitar e até mesmo impedir que atos violentos aconteçam.

Fonte: folhauniversal.org

Nenhum comentário: