sexta-feira, 8 de julho de 2016

Quem com ferro fere, com ferro será ferido

  Do G1, em Brasília com acréscimos


O deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) renunciou nesta quinta-feira (7) à presidência da Câmara. Horas depois da renúncia, o presidente interino, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), marcou para a próxima quinta-feira a eleição que escolherá o novo presidente da casa. Depois, líderes partidários se reuniram para derrubar a decisão de Maranhão e marcaram a eleição para terça. O eleito presidirá a Câmara até fevereiro do ano que vem, quando terminaria a gestão de Cunha. Eduardo Cunha estava afastado da presidência desde 5 de maio por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que também suspendeu o seu mandato parlamentar por tempo indeterminado. A decisão anunciada pelo peemedebista nesta quinta-feira não altera o andamento do processo que o investiga no Conselho de Ética, que pode levar a punição que varia desde advertência até a cassação do mandato de Cunha. Sob gritos de "fora Cunha" ao chegar ao Salão Verde da Câmara, ele fez o anúncio da decisão em um pronunciamento, no qual ficou com a voz embargada e os olhos marejados ao se referir à família, que, segundo disse, foi alvo de perseguição. Ao se pronunciar, Eduardo Cunha fez a leitura integral da carta entregue à Câmara, dirigida ao presidente interino da Casa, o vice-presidente Waldir Maranhão. “É público e notório que a Casa está acéfala, fruto de uma interinidade bizarra, que não condiz com o que o país espera de um novo tempo após o afastamento da presidente da República. Somente a minha renúncia poderá pôr fim a essa instabilidade sem prazo. A Câmara não suportará esperar indefinidamente." Ainda salientou, "estou pagando um alto preço por ter dado início ao impeachment. Não tenho dúvidas, inclusive, de que a principal causa do meu afastamento reside na condução desse processo de impeachment da presidente afastada. Tanto é que meu pedido de afastamento foi protocolado pelo PGR (procurador-geral da República) em 16 de dezembro, logo após a minha decisão de abertura do processo", justificou Cunha no pronunciamento, em referência ao processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, que se iniciou na Câmara sob a gestão dele. Vale salientar que quem com ferro fere, com ferro será ferido, assim concluo esta matéria ciente de que toda maldade feita com presidenta afastada, fruto das artimanhas do Cunha estão estão sendo colhidas, ou seja, Eduardo Cunha está provando do seu próprio veneno.

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