Os grupos contrários ao governo federal chegaram a uma bandeira comum para os protestos de hoje - todos adotaram o slogan "Fora Dilma" -, mas não obtiveram o mesmo grau de mobilização nas redes sociais registrado às vésperas de 15 de março, data em que atraíram o maior contingente de um ato político desde a campanha pelas Diretas-Já. Diante da perspectiva de levar menos gente para as ruas, os três principais movimentos anti-Dilma tentam dar mais capilaridade às manifestações e realizá-las em mais municípios do que no mês passado.
Na primeira grande manifestação antigoverno, Revoltados On Line e Movimento Brasil Livre já pediam o impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas o Vem Pra Rua, não. Este último grupo agora aderiu ao slogan, que será reforçado pelo Solidariedade (SD), único partido a participar formalmente dos atos de hoje - o PSDB, por exemplo, convocou apoiadores, mas não fala abertamente em impeachment. Integrantes do SD vão tentar aproveitar o público das manifestações para colher assinaturas pelo impedimento da presidente. Assim como os organizadores, o governo e o PT avaliam que as manifestações de hoje serão menores e não terão tanto impacto quanto as de 15 de março. Mesmo assim, a orientação é de acompanhar com atenção redobrada o movimento principalmente em São Paulo, onde há a maior concentração de pessoas. Levantamento da consultoria Interagentes, especializada em análises de mídias sociais, mostra que a mobilização na internet para o ato de hoje é cerca de dois terços menor do que a registrada antes de 15 de março.
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