segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Labirinto Brasileiro

 

Charge de Kleber (Correio Braziliense)

Equipe de Saúde realiza testes rápidos durante a Mostra de Cinema de Gostoso


Com a retomada da Mostra de Cinema de Gostoso, realizada de forma presencial na Praia do Maceió, a Prefeitura de São Miguel do Gostoso, através da Secretaria Municipal de Saúde, destacou equipe de técnicos para a realização de testes rápidos e preparou estratégias de biossegurança. O evento acontece de 26 a 30 de novembro de 2021 com exibições de filmes ao ar livre aberto ao público.

A Prefeitura Municipal disponibilizou equipe composta por quatro profissionais de saúde para realização de testes rápidos com antígeno e distribuição de máscaras descartáveis ao público participante da 8ª Mostra de Cinema de Gostoso. A tenda da Secretaria de Saúde foi montada estrategicamente na entrada da praça de alimentação e funciona das 19h às 22h30 durante o período do evento. Ainda foram espalhados totens de álcool a70 ao longo do percurso.

A Mostra de Cinema de Gostoso é uma realização da Heco Produções e CDHEC com patrocínio do Governo do Rio Grande do Norte, Fundação José Augusto e Lei Câmara Cascudo. Apoio da Emprotur e Sebrae. O evento conta com o apoio institucional da Prefeitura de São Miguel do Gostoso, através da Secretaria de Saúde, Secretaria de Meio Ambiente e Planejamento Urbano, Secretaria de Turismo e Comunicação e do Demutran.


Fonte: Secretaria de Comunicação e Turismo da PMSMG

Inaugurada em Touros, a nova Torre de TV Digital


Inaugurada neste final de semana em Touros, a nova torre de TV Digital, fruto de uma parceria da Prefeitura com o Ministério das Comunicações cujo titular da pasta é o norteriograndense Fabio Faria.

O evento de inauguração contou com a presença do Secretário de Radiodifusão do Ministério das Comunicações e equipe do Ministério. Com a torre, inicialmente, será liberado o sinal de 8 canais com qualidade de som e imagem para a região.

Elisa Freitas e José Jadson, moradores da rua Praia de Zumbi – Esquina do Brasil, foram os primeiros tourenses a receber o novo sinal da TV digital, marcando o início de uma trajetória no desenvolvimento telecomunicativo de Touros.

Fonte: https://blogdeassis.com.br/

terça-feira, 9 de novembro de 2021

PEDRO CHIMBINHA E SEU LEGADO COMO PREFEITO DE TOUROS

 
    Foto: Maria Antônia Teixeira da Costa - março de 2011


Entrevistei o seu Pedro em 2011, em sua residência e digno de uma memória extraordinária narrou fatos de sua infância, adolescência e sua vida como prefeito de Touros-RN com tamanha clareza e precisão. Desse modo, este texto tem como base as suas memórias, narradas e gravadas em fita K7 as quais foram transcritas por mim e reelaboradas nesse texto.

Pedro Ferreira de Farias, conhecido por Pedro Chimbinha,  nasceu em 01 de maio de 1917 em  Itajá/Santana dos Matos.  Aos 07 anos de idade saiu de Itajá para Baixinha dos França. Filho de Rita Ferreira de Farias e Joaquim Euclides Ferreira. 
 
Seu Joaquim, seu pai,  tinha 16 anos e Dona Rita 17 anos quando se casaram. Eles Tiveram 17 filhos e criaram 13. Em 29 de março de 1938 seu pai faleceu e sua mãe  morreu aos 101 anos.

Desde os 07 anos seu Pedro começou a trabalhar, acompanhava seu pai na lida do campo. Também brincava muito, subia nos coqueiros. Cuidou do seu primeiro roçado ao 15 anos de idade na Baixinha. Plantou algodão e feijão.

Casou aos 22 anos com Maria Pureza da Silva. Ela tinha de 13 para 14 anos de idade, no dia 25 de março de 1938, numa sexta-feira. Ela morava na baixinha.  Ele vendia o algodão para Baixinha e lá eles se encontraram e se conheceram.

Teve os seguintes filhos desse matrimônio: Clóvis (falecido), José, Maria Natividade, Manoel, Paulo, Crenilde, Auristela, Vilma, Zé Maria, Edna, Fernando, Marcos, Clésio.

Em 1976 recebeu um convite de Antônio Severiano da Câmara, pai de Antônio Câmara, para ser prefeito de Touros. Deu umas voltas pelos distritos de Touros para sondar a aceitação e foi muito bem aceito por todos. Ele era um homem bom, honesto. 
 
Além disso, tinha recursos, tinha fazenda, 400 cabeças de gado. Vendeu muitas cabeças de gado, tanto para se eleger como para realizar obras, depois de eleito, pois na época não existia o Fundo de Participação do Município (FPM).

Pedro Ferreira de Farias, governou a cidade de Touros nos anos de 1977 a 1982.  Por seis anos realizou uma ótima administração. Ele me contou que nunca atrasou os salários dos servidores. 
 
Em sua administração:
 
a) Foram instalados na cidade dois bancos.  Banco do Brasil e  Banco do Rio Grande do Norte (Bandern);
 
b) Construiu o Hospital de Touros. Falou com Lavoisier Maia que à época era Secretário da Saúde do Estado.  Paulo Tenório doou o terreno após alguns acertos. Ele contratou três tratores  e trabalhadores e assim entregou o Hospital ao Povo de Touros;
 
c) Instalou a Telern, a qual funcionava ao lado do Grupo Escolar General Florêncio do Lago;
 
d) Ampliou o Ginásio, hoje Escola Municipal Dr. Orlando Flávio Junqueira Ayres;
 
e) Levou escolas para os lugares mais distantes do município, reformou outras;
 
f) Construiu 11 Escolas nos distritos de Reduto, Baixio, Iburana, lagoa de Serra verde, Boa Cica, Boqueirão, Perobas, Carnaubinha, Gostoso, Projeto Vila Assis e Baixa do Quinquim;
  
g) Organizou a cooperativa de artesanato e deu suporte e apoio as mulheres da cooperativa;
 
h) Fez o aterro na Lagoa do Reduto;
 
i) Calçou as Ruas: Cel. Del Pretti, Rua do Campim e Rua Cel. Antônio Antunes.
 
Essas foram algumas de suas obras realizadas no município de Touros/RN.
 
Seu Pedro Chimbinha casou em segundo matrimônio com Maria do Rosário no dia  14 de julho de 1982. Teve os seguintes: Pedro Ferreira, Ana Saminta, Hugo Felipe de Assunção Farias.

Seu Pedro Chimbinha faleceu em 03 de novembro de 2015 aos 98 anos de idade e deixou um grande legado para seus filhos, netos, bisnetos, bem como para todos os tourenses.
 
Para finalizar, podemos afirmar, com as palavras de mamãe que ele era um homem admirado e respeitado por todos. Já com idade avançada, sentava-se quase todas as tardes à porta da sua residência, à Rua Cel. Antônio Antunes, tendo como vizinha do lado direito, Maria do Céu (minha mãe) ela observava que todos passavam e o cumprimentavam, conversavam e ela muitas vezes participava da conversa e apreciava com satisfação suas histórias e o reconhecimento de todos.
 
Para seu Pedro Chimbinha, a  nossa eterna gratidão.


Touros, 28 de novembro de 2015
Maria Antônia Teixeira da Costa
prof.maria.antonia@hotmail.com

domingo, 7 de novembro de 2021

SER PROFESSOR EM MEU LUGAR


Compreendo a prática do educar como ato que se processa em meio a múltiplas relações que envolvem saberes, fazeres, pensares, aspectos cognitivos, poderes, interesses e valores que nem sempre são afins, e ainda muitos outros aspectos de ordens diversas: recursos financeiros, humanos, estruturais, etc.
 
Tendo em vista à formação dos indivíduos, e esses  em particular, são sujeitos únicos, que pensam, agem, produzem e evoluem  de acordo com o seu eu, com sua personalidade e outros fatores ligados as suas inter-relações com o meio em que vivem. Penso ser a referida prática antes de tudo complexa e desafiadora. E, certamente, ser professor (a) em qualquer lugar do mundo não é tarefa simples.

Falar sobre o tema ser professor no nosso lugar, nos leva a refletir dentre outros aspectos, sobre o importante papel que tem esse profissional na vida de cada cidadão; de como será o fazer desse sujeito enquanto mediador e responsável por fazer essa “mágica” acontecer e sobre quais têm sido as condições a ele oferecidas para desenvolver seu trabalho. 

Na minha comunidade, a exemplo de tantas outras mundo afora, em que pese a importância da educação na formação do indivíduo e a vontade, e o fazer dos muitos profissionais que constituem o espaço escolar, a falta e ou carência de alguns elementos imprescindíveis ao fazer pedagógico tornam o exercício dessa prática ainda mais delicado.

É notório perceber que nem sempre aquilo que é relevante e imprescindível ao cidadão é tratado e valorizado como tal. Desta forma, o caminhar e o desenvolver das coisas seguem compassos diversos.  
 
Algumas caminham a passos gigantescos, outras a passos moderados, e outras ainda numa lentidão assustadora e cansativa. Essa última forma, parece ser, por onde caminha e ou como se cuida da Educação Pública em nosso país.

Não fosse assim, como justificar em pleno século XXI, vivermos em comunidades em que o espaço escolar não dispõe sequer de um ambiente para refeição e ou para qualquer outra atividade coletiva que envolva seu alunado? 
 
Como pode-se pensar assegurar ensino de qualidade quando alunos e professores ficam amontoados em cubículos sufocantes, e o professor (a), não dispõe sequer de um quadro negro em boa condição de uso? 
 
O que fazer diante dessa realidade, se no contexto atual, esse aluno lá fora, quando não convive e faz uso, é no mínimo sabedor de toda uma gama de aparelhagem tecnológica que os põem a anos luz entre esses dois cenários?

Em se tratando especificamente da realidade da comunidade de Carnaubinha, aqui a prática do ensino aprendizado sempre implicou em muitas dificuldades. Algumas específicas de cada  contexto histórico; outras caducas e eternizadas em contextos diversos. 
 
Inicialmente estavam atreladas tanto a inexistência de um espaço escolar quanto a tantos outros fatores historicamente constituídos, dentre eles: o desconhecimento da importância do estudo, a necessidade da criança e do adolescente trabalharem para ajudar no sustento da família, a falta de formação do profissional, e ou pela não existência de professores da própria comunidade, o que requeria que algumas das professoras que aqui atuaram, se deslocassem a pé, do centro da cidade de Touros para cá, isso no tempo que não se tinha estrada e nem se contava com meios de transportes.  Para essas profissionais terem sido professoras em meu lugar, certamente não foi tarefa simples. 

Do que se tem conhecimento, a primeira delas foi a professora Áurea, entre as décadas de 40 e 50 e posteriormente a Sr.ª Maria Salete de Aguiar, a partir da década de 60. Dona Salete ensinava a 2ª série primária. 
 
 
Fui uma das suas alunas. Lembro-me que ela trazia consigo um garoto para lhe fazer companhia. Em ocasiões em que ele não podia acompanhá-la, ela escolhia um dos seus alunos (as), para ir com ela e voltar no dia seguinte.  De acordo com alguns moradores mais antigos da comunidade, dentre eles, a senhora Maria Odete de Brito, 83 anos, essa era sua prática habitual de início de jornada. 
 
 
Antes de trazer o garoto como companhia fixa, os seus alunos eram quem cumpriam esse papel. A escolha era feita por antecipação: as vezes semanalmente e ou de um dia para o outro, e se constituía de um momento bastante aguardado, visto que, todos queriam viver a experiência de ir à casa da professora.


De acordo com depoimento do Sr. Manoel Batista da Silva, conhecido como Manoel de João Guedes, a primeira professora que se tem conhecimento na comunidade era conhecida como Chiquinha de Zé Nicolau, ensinava a crianças de idades diferenciadas na sua própria casa e numa mesma turma. Não era natural da comunidade e tinha uma filha chamada Sofia a qual veio a lhe substituir em suas funções pedagógicas por alguns anos. 
 

Décadas passaram e em pleno século XXI, num contexto em que a evolução tecnológica transpõe todas as barreiras de espaços, tempos, comunicação, etc., o fator espaço escolar, continua a ser um dos elementos de maior limitação à prática educativa do povo da minha comunidade.

Construído na década de 80 (século XX), para atender uma demanda bem diferente da atual, o prédio onde funciona a escola da nossa comunidade continua sendo o único existente e apesar de recentemente ter passado por uma reforma, continua sem oferecer a estrutura adequada que se faz necessária para um estabelecimento de ensino. 
 
A falta de visão, de planejamento e de cuidado do poder público ao longo do tempo para com a educação neste município, permitiu dentre outros fatores, que a área de pátio por trás da escola (situada a beira-mar), passasse a ser usufruto de terceiros, inclusive em forma de doação por representantes públicos a pessoas influentes de outras paragens.  

Funcionando diuturnamente, a escola oferece o Maternal e as séries iniciais e finais do Ensino Fundamental. São 250 alunos matriculados. O seu quadro de professores é constituído por profissionais que moram na comunidade e de outros de comunidades vizinhas: Touros e Perobas. A parte relacionada a Educação Infantil antes da pandemia vinha funcionando em prédios alugados e anexos a escola. 

Até 14 de julho de 2020, a escola tinha como patronesse a Professora Lindalva Taveira. Em 15 de julho, através da Lei de nº 845/2020, de autoria do então vereador Paulo Sérgio França Cruz, passou a ser denominada E. M. professora Maria dos Anjos do Nascimento. Dona Dos Anjos, como de todos conhecida, era filha natural de Carnaubinha e uma das mais antigas e importantes professoras para o povo da comunidade. Lecionou de 1960 a 1985 e por praticamente todo esse tempo foi professora do 1º ano de escolaridade. Tive a dádiva de tê-la como minha primeira professora. Faleceu em 19/05/2020.

De acordo com a srta. Karliane Maria da Silva, professora do 5º ano, e filha de uma das antigas professoras da comunidade (Maria Iracema), ser professora na comunidade é um exercício muito prazeroso. No entanto, muito desafiador. 
 
As maiores facilidades estão relacionadas a boa convivência com a comunidade escolar e os maiores e difíceis entraves estão atrelados tanto a questão da limitação do espaço escolar, quanto do pouco envolvimento da família com a vida escolar dos seus filhos e nos últimos tempos de toda a complexidade trazida pela pandemia, principalmente as inerentes a ausência de recursos de mídias por parte do alunado.

Comungam do mesmo pensamento o sr. Francisco Ricardo do Nascimento Filho, 4º ano de escolaridade, morador de Perobas e há vinte anos atuando como professor na comunidade de Carnaubinha, a professora Conceição Gabriel de Assis e a então Gestora Valcilene Guedes de Moura. Para eles, o espaço físico reduzido é sem dúvida o maior entrave ao desenvolvimento de atividades de aprendizados mais significativos. 
 
A própria participação dos pais no contexto escolar - uma das significativas estratégias de melhoramento de aprendizado e fazer pedagógico - deixa de ser aprimorada e ou efetivada por não haver condições práticas da família estar presente na escola. A referida não dispõe sequer de um espaço para refeitório e nem área livre ao seu entorno que possa auxiliar na realização de atividades coletivas.  

Ser professor (a) em meu lugar é, portanto, um exercício constante de superação, perseverança e obstinação.


Autora: Lucineide Santana dos Santos

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

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