Quem já não ouviu dizer que a vida é um perde e ganha? Embora não se trate de um jogo, há realmente momentos em que temos essa impressão. Em um dia, se está por cima, com um bom emprego, uma família formada, um relacionamento estável e, em outro, a situação muda completamente de figura. O trabalho desaparece, o relacionamento que parecia ser um conto de fadas termina e um ente querido parte inesperadamente. São ocorrências da vida, é verdade, mas também situações difíceis com as quais é preciso aprender a lidar. O problema é que nem sempre ou quase nunca se está preparado para elas.
Sem prumo
Há os que se desesperam ou perdem o prumo nessas ocasiões. Sentem-se sozinhos e abandonados diante daquele momento terrível. Entram em depressão profunda. Alguns não esboçam nenhuma reação, tamanho é o impacto que isso causa em suas vidas. Para tratar desse assunto com propriedade e saber como é possível lidar com o sentimento de perda irreparável, a Folha Universal conversou com especialistas e também com pessoas que passaram por situações adversas e contaram suas histórias de superação.
Abalo emocional
Luiz Gonzaga, doutor em psicologia e especialista em terapia cognitivo-comportamental, considera que situações como a morte de um ente querido, uma demissão ou o fim de um relacionamento podem realmente abalar as pessoas. “O desencadeamento de sintomas emocionais e fisiológicos, como a angústia, a tristeza e o medo, por exemplo, e a forma de lidarmos ou não com aquela situação, seja paralisando, congelando ou a enfrentando, dependerão do nosso modo de interpretá-la, já que o histórico de vida de cada um promove essa singularidade: somos pessoas únicas”, avalia.
Processo de adaptação
Na opinião do especialista, em algum momento da vida, todos passaremos por uma perda. “Muitas pessoas têm dificuldades de lidar com elas pelo fato de estar vivenciando o presente, mas pensar nisso é importante, já que a perda é um processo e, às vezes, não é algo passageiro, mas duradouro, como a morte, por exemplo. Saber lidar com a perda é adaptativo, pois move nossos recursos internos para nos adaptarmos à situação de estresse ou enfrentá-la, mas nem sempre as pessoas têm recursos internos para se adaptar a essas situações”, observa.
Reação equivocada
Nesses momentos, cada um pode reagir das mais diversas maneiras e até de uma forma equivocada para lidar com a perda. “Geralmente, existem algumas pessoas que não têm recursos internos adaptativos e acabam recorrendo ao álcool e às drogas para amenizar essa angústia interna que elas têm. Porém sabe-se que o uso destes últimos gera também custos para a saúde mental e física. Muitas vezes, elas não sabem agir e pensar de outra maneira, pois na sua vida sempre lidaram desta forma, por mais que isso lhes traga consequências negativas”, avalia o especialista.
Segundo Gonzaga, há indivíduos que não desenvolveram os recursos adaptativos ao longo da sua vida. “Isso acaba impactando no seu modo de estruturar a sua visão de mundo. Por isso, reconhecer as suas limitações e problemas é o primeiro passo para buscar ajuda”, sugere.
De onde vem o consolo?
Se você está enfrentando uma situação de perda e não está conseguindo sair dela, a Palavra de Deus mostra como conseguir o consolo para a sua dor. “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre.” (João 14:16). Jesus explicou aos seus discípulos que eles não ficariam sozinhos após Sua morte, mas receberiam uma Força que estaria sempre com eles.
Fonte: universal.org
Fonte: universal.org