quarta-feira, 29 de julho de 2020

Inscrições para o Fies começam nesta terça-feira (28)


Começam nesta terça-feira (28) e seguem até 31 de julho, pelo site as inscrições no processo seletivo do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), para o 2º semestre de 2020. O resultado será divulgado no dia 4 de agosto. Pelo cronograma, o período para complementação da inscrição dos candidatos pré-selecionados será do dia 4 até 6 de agosto.  
Inicialmente, as inscrições no programa eram esperadas para a semana passada, mas foram adiadas depois que o Ministério da Educação (MEC) identificou inconsistências no processamento da distribuição das vagas ofertadas pelas instituições de ensino superior. Segundo o MEC, a medida foi importante para assegurar “a lisura e a transparência do processo seletivo”.

Prefeituras no RN abrem 499 vagas em concursos públicos

As inscrições para os concursos públicos das Prefeituras de Monte Alegre, Brejinho, Lagoa Salgada e Vera Cruz, além da Prefeitura e Câmara Municipal de São José de Mipibu seguem abertas até o dia 6 de agosto. Os certames têm o objetivo de preencher 499 vagas em todos os níveis de escolaridade.
No edital, a Prefeitura de Brejinho disponibiliza 82 vagas; Lagoa Salgada tem 101 oportunidades; Monte Alegre com 186; Vera Cruz com 71; enquanto São José de Mipibu terá 37 vagas para a Prefeitura e 22 para a Câmara Municipal. Os salários variam R$ 1.045 e R$ 2.803,86.
As inscrições custam R$ 80 para nível Fundamental; R$ 100 para nível Médio e R$ 120 para nível Superior. As provas estão agendadas para o dia 30 de agosto, dependendo da evolução do quadro da pandemia.
Tribuna do Norte

15 milhões de brasileiros podem virar o ano vacinados, diz Ministério da Saúde

Vacina contra coronavírus: Fiocruz aposta em campanha de vacinação ...
Com os avanços nas pesquisas da vacina contra a Covid-19, o Ministério da Saúde espera que até dezembro deste ano os medicamentos sejam aprovados para que o primeiro lote da vacina de Oxford seja aplicado na população.
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, explica que o Brasil deve receber um primeiro lote de vacinas – total de 15,2 milhões de doses – em dezembro e que, caso os testes e estudos sobre a eficácia do medicamento sejam aprovados até lá, o processo de vacinação poderá se iniciar.
“Fechamos acordo para o envio de 100 milhões de doses da vacina em três lotes. O número se baseia na campanha de vacinação contra a influenza no Brasil. O primeiro lote deve chegar na primeira quinzena de dezembro, com 15,2 milhões de doses, e o segundo terá o mesmo número de aplicações e chega entre dezembro em janeiro. O terceiro lote, de 70 milhões de doses chega entre março e abril. Se todos os estudos derem certo, nós iremos iniciar a campanha de vacinação em dezembro.”
Fonte: Blog de Assis Silva

terça-feira, 28 de julho de 2020

Jovem tourense inicia campanha nas redes sociais para compra de cadeira de rodas



Uma campanha nas redes sociais busca arrecadar dinheiro para comprar uma cadeira de rodas para Emanuel Messias Correia da Silva, 23 anos. O jovem estudante é cadeirante desde que nasceu devida uma má formação durante a gestação. Ele reside em Natal com o pai e precisa da cadeira para realizar suas atividades diárias. O equipamento custa R$ 5 mil.
“Preciso da cadeira pelo fato de só ter uma. Por vezes, penso em fazer uma manutenção na atual cadeira e não posso porque só tenho ela, não posso ficar parado, tenho meus afazeres diários; e também pela locomoção, essa aqui é feita de um material mais pesado”, declarou Emanuel.
A nova cadeira possui especificidades como fechadura em X, baixo peso, desmonte fácil e rodas de série, “o que vai me proporcionar mais conforto e mobilidade no dia a dia”, disse.
Ele conta ainda que seus amigos tem se mobilizado para divulgar a campanha. “Assim que falei que queria fazer uma campanha meus amigos logo me deram força e apoiaram. Foi quando tive a ideia de fazer um vídeo explicando como tudo seria e tenho ganhado vários seguidores por conta dos compartilhamentos dos meus amigos”, finalizou ele.
As doações estão sendo arrecadadas através de uma vaquinha online que já conta com R$ 570 (até o momento) e de depósitos em sua conta pessoal. Para doar acesse este link. Outras informações através do telefone: (84) 99454-0250.
Dados bancários para doação:

• Emanuel Messias Correia da Silva
• Caixa Econômica Federal
• Agência: 2044
• Conta: 92847-7
• Operação: 013


Fonte: Agora RN

sábado, 25 de julho de 2020

Valorizando o que é nosso: Batista Tavares (Preá)


Nessa foto poderíamos resumir uma parte da vida ou até mesmo a vida inteira de nosso personagem. É uma foto que expressa o estado puro em que até hoje ele se encontra. A vida passa por nós, o tempo implacável não permite que voltemos um segundo sequer nessa louca travessia em que somos obrigados a fazer, é inútil pedir segunda chance ao tempo que nos consome a cada dia.

Algumas pessoas correm loucamente contra esse tempo infinito e veloz com o objetivo de querer domina-lo e fazê-lo obedecer a seus caprichos e suas vontades paliativas visto que nada podemos fazer diante do invencível e cruel tempo que reduz tudo ao nada. Só resta a maioria de nós obedecer algumas regras estabelecidas pela sociedade hipócrita e aguardar seu tempo chegar.

Ter em mente que enquanto estamos aqui reféns de um tempo juiz de todos nós é necessário fazer aquilo que a maioria consumista, capitalista e opressora determinou como o “certo”. Só que esqueceram a avisar ao nosso personagem que o “normal” seria seguir essas regras bem estabelecidas e com suas ambições e limites que já trazem em seus processos ridículos as leis que regem a vida das pessoas, que a sociedade hipócrita pressiona e aprisiona.

O nosso personagem não ostenta os valores materiais que tanto a sociedade nos cobra. Ele tem algo mais valioso a ostentar. A liberdade, é uma pessoa que as amarras da sociedade nunca tiveram poder sobre ele. O mundo que ele criou e vive é só dele, não deve nada, não tem de explicar nada, não espera nada, não critica nada. Pois em seu pequeno mundo ele tem um universo de possibilidades de ser feliz com aquilo que nunca lhe faltou, seu trabalho, amigos e a superação diária de preconceitos que se tornaram uma espécie de enfeite que ilustra seu lado folclórico e não tem mais efeito negativo.

O mundo dos outros passa veloz a sua volta, o transito, as conversas de rua, as intrigas mais banais, buzinas, gritos, som alto mas nada disse entra em seu mundo. Enquanto isso acontece você pode encontra-lo com as mãos sujas de graxa o rosto suado, sem camisa, um aspecto sério trabalhando com intensidade em mais um pneu que chegou a pouco para ser consertado.

Em seu mundo as vezes recluso há espaço para sua paixão flamenguista, há espaço para demonstrar sua habilidade no oficio que aprendeu do saudoso Grampão. Há espaço para uma espécie de solidão, é possível vê-lo  nas noites em que a brisa é mais suave a noite com sua postura característica mãos nos bolso e olhar fixo para o mar como se buscasse respostas para colocar no seu mundo.

Indiferente ao tempo que a sociedade impõe, seus gestos, palavras, conversas e escolhas são particularidades dele e só ele e seu mundo podem conversar sozinhos. Uma vida de dificuldades, uma busca pela fé. Honestidade, caráter, não há malícia, o que há é um talento naquilo que ele escolheu para se dedicar e fazer com garra e dignidade.

Desportista, goleiro que é um símbolo desta posição em nossa cidade. Chegou a disputar campeonatos, defendeu algumas equipes da nossa cidade, mas foi no São Paulo que fez história e que honrou a camisa desse clube que hoje faz falta em nosso futebol amador. Assim como escolheu seu mundo, escolheu sua posição no campo a mais injustiçada, mas como nunca esperou o glamour da fama no esporte, na profissão e na vida foi e é um vencedor.

Uma das figuras que ilustram o cenário popular de Touros em precisar da “riqueza” que a sociedade tanto deseja e tanto gasta seu tempo. O Seu tempo já está determinado pelos seus gestos, seu coração, suas derrotas, suas amarguras, os deboches sofridos, mas as alegrias que seu jeito de ser proporcionaram ao nosso povo em diversos momentos de sua vida, nas peladas, nos planos simples, na alegria de viver, na liberdade que tem de ser o que quiser ser sem se importar com nada ai reside sua riqueza. 

Uma riqueza medida por sua fama. Impossível não notá-lo, impossível não saber seu apelido. Quem é de Touros não pode ignora-lo ele é parte de nossa história contemporânea pelo ser que se tornou vivendo fora daquilo que chamamos de comum. Pelo trabalho diário, pelo atleta histórico que foi, pelas batalhas diárias que tem de passar diante de tantos desafios. Principalmente os desafios sociais que nossa triste sociedade insiste em não valorizar, em não respeitar em não ver.

Educado, trabalhador, talentoso, da paz, religioso e acima de tudo um batalhador não só no seu trabalho diário mas principalmente vencendo todo dia todo tipo de chacota e preconceito que ele aprendeu como bom atleta que foi a levar na esportiva. Por tudo isso Batista Tavares (Preá) Touros vem lhe dizer muito obrigado.

Autor: Flávio Santos

Valorizando o que é nosso: Zélia Rosa do Nascimento


“Olha o pãaaaaoooo”, durante muitos anos no início das manhãs e finais de tarde na cidade de Touros essa frase ecoou forte e chamativa. Como se fosse uma espécie de chamado que já tínhamos fixado no pensamento. Como se aquela voz tão familiar invadisse nosso cotidiano sem pedir licença sem bater na porta e tivesse o poder de fazer com que parássemos o que estávamos fazendo e fosse ao seu encontro.

O antigo balaio de pão, substituído pelo tradicional carrinho com uma inovação a buzina de lado que fazia a festa da criançada na esperança que sua condutora desse a chance de tocar nessa buzina. Aquele carrinho percorreu nossas ruas, nossas vidas e nossa história lentamente, atravessando todos os tipos de dificuldades até sua dona dizer: é chegada a hora de parar pois tudo está mudado, mas enquanto pude e minhas forças ajudaram carrinho de pão eu te conduzi e tu me sustentantes a mim e a minha família.

A essa guerreira que conduziu esse tão famoso carrinho de pão carregava bem mais do que uma voz poderosa e um manejo para negociar com seus conterrâneos. Dentro do carrinho de pão que ela com sacrifício empurrava tinham seus sonhos, tinha o pão de cada dia não só de nossa comunidade mas de sua família, tinha a garra e o suor de uma mulher que foi pai, mãe e que com sua luta e seu pioneirismo mostrou como se faz para driblar as dificuldades sejam elas quais forem.

Aos primeiros raios de sol do novo dia aquela pessoa e sua personalidade atraia as pessoas com sua voz. Muitos ainda dormiam quando ela já visitava as ruas de nossa cidade, antes dos filhos irem para a escola, antes de saírem para o trabalho, antes mesmo de pensarem em problemas o grito interrompia qualquer pensamento. “Corre lá vai o carro do pão” e ali podíamos ver o clientes fiéis colocando os primeiros diálogos do dia rodeando o carrinho, comprando “fiado” pois ela sempre teve a confiança de todos e confiou em todos.

Muitas vezes podia-se perder o horário do carrinho passar e correr a outra rua para alcançá-lo e ouvir “o pão de coco acabou-se só de tarde agora passei agorinha lá na tua rua” e era o jeito se conformar pois a procura e freguesia sempre foi grande.

Acabando-se o dia, tendo como cenário os tourenses se preparando para o jantar e um pôr do sol por companhia ela fazia os mesmo trajetos incansavelmente em sua labuta cotidiana, agora os fatos do dia já eram outros até a escolha do pão era outro “pão francês é melhor com sopa” e assim lá se ia mais um dia na vida dessa mulher forte.

Seu empreendimento sempre se deu para sustento de seu lar, sem almejar crescimento material, Touros era ainda aquela cidade aconchegante que parecia ser uma só família, e seu trabalho era como um oficio sagrado. Até compromissos eram lembrados ou marcados de acordo com sua passagem pelas ruas. “O carro do pão já passou já ta é tarde ou o carro de pão já ta ali e fulano ainda não chegou, depois que comprar o pão eu vou...” e assim se construíam uma personagem que diria inesquecível de nossa história recente.

Com chuva, sol, frio, calor, em épocas de inflação, crises e empresários donos de padaria investindo mais e mais o carrinho caminhou, levando além de todos os sonhos da sua dona uma trajetória de vida que superou muitas barreiras para se afirmar como um alguém que merece ter seus méritos lembrados por tudo e por todos. Mulher, pioneira em um trabalho até então desempenhado por homens, suor, lágrimas e sacrifício de uma vida inteira para dar sempre o melhor em prol de sua família, esquecendo-se do tempo e de sua própria vida que sem pensar muito doou para o seu trabalho.

Há quem fique muito feliz em acordar com o canto dos pássaros, com o som das ondas do mar, mas tenho certeza que teve gente que acordou muitas e muitas vezes feliz em ouvir seu grito pois tinha certeza que o pão de cada dia estava a sua porta. E quantas vezes garotos como eu se sentiram importantes pelo pai ou a mãe dar como missão comprar o pão da manhã, ganhar o troco, poder escolher os pães que você mais gostava essa realidade só era possível devido ao trabalho desempenhado por essa pessoa que hoje ainda guarda em seu olhar aquela profundidade e inquietação de quem passou a vida vivenciado e sendo parte dos dias dos tourenses.

Hoje não podemos mais ouvir seu grito na rua um grito que se ecoasse outra vez iria mexer no coração de muita gente tenho certeza que iriam se perguntar o que está acontecendo? É ela que ta com o carrinho de novo vendendo pão? Mataria saudade dos ouvidos de parte da população que viveu essa época.

Por tudo que você é por toda história que você representa, como mãe, mulher, batalhadora Zélia Rosa do Nascimento (Zélia do pão), Touros vem lhe dizer muito obrigado.

Autor: Flávio Santos

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Valorizando o que é nosso: Nonato


Deus o dotou com a fineza de um rei, naquilo que ele magistralmente fazia. Acredito que ele seja o responsável por ter invertido a lógica dos jogadores de sua posição. E dentro de campo, fez os adversários lhe respeitarem e se renderem ao seu talento. 

Foi aquela mistura de Luís Pereira e Mauro Galvão, somente ele fazia as ameaças do time adversário parecerem uma jogada em vão devido a sua maestria em desarmar e sair jogando com a classe, a categoria, a visão de jogo, o tempo de bola e uma segurança que fazia a torcida sempre respirar aliviada quando a bola chegava aos seus pés.

Conquistou a liderança de todas as equipes por onde passou devido seu estilo de jogo do qual Touros jamais esqueceu ou encontrou outro parecido nesta posição. Aliás uma posição ingrata, mas que encontrou nele alguém que dominou todas as artimanhas, injustiças, responsabilidades e atributos que só os diferenciados recebem dos deuses do futebol. 

Era a segurança mais potente que sua equipe precisava e ele sempre correspondeu da forma mais exata possível, foi idolatrado com toda justiça, foi o símbolo de uma era, ainda se mantém ao longo dos anos como o maior nome da posição, fez seu fino futebol alcançar a façanha de nós termos tido em nossa história futebolística um zagueiro que sem sobra de duvidas podíamos chamar de craque.

Ele acabou com o mito que todos nós temos de chamar de craque quem joga do meio para frente. Ele dominou sua posição como nenhum outro em nossa história. Tudo isso nos velhos campos de barro, areia ou mesmo piçarro onde sua técnica superava todos esses obstáculos.

Esse craque acabou com a imagem daquele zagueiro especialista em um tipo de lance: aquele bico para fora do campo depois de desarmar um adversário. E a torcida comemorava como se fosse um gol. 

Mal sabiam os torcedores que os zagueiros faziam isso só porque se ele tentar um passe, a chance de errar é enorme. Uma vez que desarmou o adversário, o zagueiro só queria se livrar daquele estranho objeto esférico e voltar à caça de tornozelos, situação em que fica mais confortável.

Mas com ele essa dinâmica era coisa ultrapassada e sem efetividade afinal ele tinha o dom nato de perceber que o zagueiro era o anjo da guarda da defesa. E para ser um bom zagueiro não poderia ser muito sentimental, tinha que ser sutil e elegante, ter sangue frio, acreditar em si e ser leal.

Quem vive o futebol há de concordar em partes que essa posição sempre foi sinônimo de dureza, falta de habilidade e cheia de preconceitos. Nenhum torcedor gosta quando a bola está rolando entre os pés do zagueiro de seu time. Mas com ele isso foi elevado a aulas e mais aulas de como ser craque e ídolo jogando nessa parte do campo. Não é regra, mas a maioria dos zagueiros odeiam quando eles sobem para a área e a bola sobra nos seus pés. Ter a redonda nos pés, para um zagueiro, pelo menos para alguns era um tormento. Sem saber o que fazer, é como jogar futebol de terno. Por isso, ele trata de se livrar logo da bola. De preferência fazendo sinal de crucifixo.

Mas nos pés dele isso nunca aconteceu, pois, a bola era tratada como merece. Durante todos os anos que defendeu a mística equipe do Fluminense de Touros ou mesmo em outras equipes, seu nome sempre foi honrado, sua história foi escrita da mesma forma que Baiaca escreveu a dele e eu já citei em outra postagem. A grande diferença é que nosso personagem jogava em uma parte do campo onde pouquíssimos se destacam, onde esta parte esta reservada aos menos habilidosos, onde a torcidas só os veem quando cometem erros, quando a derrota é o resultado final. 

E foi justamente aí que Nonato provou o contrário, transformando medo da torcida em segurança, matando no peito dentro da grande área durante um ataque do adversário, buscando saídas inteligentes e com a visão dos grandes camisas dez, com a tranquilidade de quem faz uma pelada na beira da praia.

Touros teve seu zagueiro craque, e provou sua versatilidade e sua genialidade também no futsal por muitos anos com as mesmas características que o transformaram no maior da posição da história do futebol amador no nosso município. 

Com certeza ninguém pode comentar sobre a defesa de um time amador em todo nosso município e região sem citar seu nome nem seu lugar de melhor dos melhores. Jogaria sem nenhuma dificuldade em qualquer equipe profissional do Brasil sem discutir muito sobre isso pois quem o viu jogar sua importância e unanimidade permanecem intactas. Em relação aos outros parecia um profissional disfarçado de amador. Ele representa todos os zagueiros que Touros já teve uma espécie de rei e o dono da área naquelas guerras maravilhosas de noventa minutos

Por provar que zagueiro também pode ser craque e por fazer as antigas e saudosas tardes de domingo inesquecíveis naquele velho campo de barro, Nonato Touros e o futebol amador vem lhe dizer muito obrigado, você foi e continua sendo o maior zagueiro que nós tivemos em todos os tempos.

Autor: Flávio Santos

Valorizando o que é nosso: Manoel Barbosa dos Santos


Ao tentar falar um pouco da atividade que essa pessoa escolheu como missão, me recorreu a lembrança do químico francês Lavoisier, quando falou “na natureza nada se perde nada se cria tudo se transforma”. E com essa pessoa essa frase se fez ação em nosso município a trinta e sete anos. Assim como também pensando em sua trajetória, hoje essa pessoa poderia sem constrangimento dizer a todos: reciclagem não é só no meio ambiente, mas também no ambiente do nosso ser. Algo que convido a todos nós tourenses a refletir ele nunca chegou a fazer essa afirmação, mas seu oficio fala por si só e nos alerta para algo que é a necessidade de valorizar cada vez mais nosso chão e principalmente as pessoas que dele cuidam.

Antes que nós pudéssemos pensar nas imensas responsabilidades que as questões ambientais e todas as suas variantes pudessem povoar as mentes dos tourenses. Nas escolas, nos debates políticos e a grande mídia começasse a levantar a bandeira da reutilização e destinação de tudo aqui que não servia mais ao nosso tão feroz consumo e muito deste consumo incentivado pela própria mídia capitalista, em nossa cidade alguém rompeu com as amarras sociais, enfrentou toda “ignorância” causada pela falta de informação de nosso povo e teve de aceitar, incorporar, adaptar, conviver com aquele que sabe que seria o maior de todos os desafios o preconceito marca que ele carrega até os dias de hoje.

O ano era 1983 e nosso personagem iniciava e dava projeção em nossa cidade a um trabalho que o mundo hoje tem como uma das bandeiras em todas conferencias sobre meio ambiente ao redor do mundo e temática obrigatória em cada estabelecimento de ensino em nosso país

Nossa cidade iniciava timidamente com a “expansão” muito acanhada até hoje. No seu comercio com a feira popular, com alguns estabelecimentos de compra e venda, com a atividade mais incisiva do mercado público, com a vocação que nunca chegou de ser um dos grandes polos turísticos do Estado.

Nesse ambiente surge essa figura, e é exatamente aí que está sua grandeza para o nosso município, no seu trabalho, na sua coragem, no seu pioneirismo n sua luta que continua até hoje e que a gente ainda não aprendeu, não tiramos muitas lições de seus exemplos. Ao contrário, promovemos durante anos um temporal de críticas ao seu trabalho, sua atividade por muito tempo foi motivo de chacota, seu meio de vida que parecia algo inusitado causava em nós alguma repulsa. Não por nossa culpa e sim pela falta de conhecimento e valorização dessa atividade que hoje é ensinada nas escolas.

Quantas vezes para criticar alguém, um colega, um irmão ou qualquer um que mesmo sem pretensão pegasse do meio da rua um papelão, um jornal velho, algo que alguém tinha jogado fora. Imediatamente chamava-nos a pessoa que fez isso pelo nome desta pessoa de forma pejorativa. Talvez querendo dizer que nos comparar-nos a suas atividades seu trabalho nos reduzia como seres humanos.

Ainda não aprendemos quase nada sobre reciclagem na prática, e ainda o criticamos mesmo sem querer, toda vez que somos responsáveis por jogar qualquer tipo de material reciclável no solo sagrado de Touros. Ainda não o vimos ao homem que inverteu a lógica e a dinâmica com a qual éramos acostumados ao perceber os amontoados daquilo que chamamos “lixo”, pelas nossas ruas e principalmente pelas nossas mentes.

O trabalho não parou, a idade não o parou, nossa produção demasiada de material reciclável não parou, vida em Touros não parou e uma mágoa também não acabou. 

“Sofri muito e ainda sofro, tudo que os meus filhos possuíam o povo dizia que era do lixo, na escola os coleguinhas sempre diziam a meus filhos netos, esse caderno, lápis, mochila , sandálias até suas roupas tudo vem do lixo que seu avô pega para você, isso sempre doeu muito em mim ” palavras dele para mim no ano de 2013.    

O homem de palavras fáceis, pele queimada, gestos mais lentos, cicatrizes nos braços, algumas quase fatais, causadas por ferimentos enquanto reciclava vidro, o olhar de conformismo e não de missão cumprida de alguém que fez da reciclagem sua meta e do preconceito uma força que o move através das décadas. 

Um pouco arredio, fruto de décadas de descaso provocado talvez pela sociedade em relação ao importante trabalho que nunca desistiu de fazer e hoje o mundo acordou e afira que a reciclagem é um dos únicos caminhos se quisermos tornar esse planeta suportável nas próximas décadas.

O homem que hoje anda mais esquecido que antes, lota caminhões com aquilo que jogamos fora, mas já foi com sacos nas costas, em carroças com animais. Criou sua família com o que achávamos indigno e hoje queremos ensinar aos nossos filhos que devemos reciclar, mas ele foi o primeiro em nossa terra.

Alguns da família seguem seus passos já que nós não aprendemos nada sobre cuidar de nosso solo e de reciclagem eles continuam fazendo o mesmo trabalho iniciado em 1983

Por todo trabalho que o senhor dedicou a nossa amada Touros, mesmo incompreendido lançou as sementes de que precisamos cuidar de nossa terra pois aquilo que chamamos lixo é meio de vida para muitos. Por mesmo sem querer ensinar que devemos nos reciclar sempre como ser humano e enxergar que todo trabalho é digno. Senhor Manoel Cândido (Manoel Barbosa dos Santos) Touros vem lhe dizer muito obrigado.

Autor: Flávio Santos

terça-feira, 14 de julho de 2020

Valorizando o que é nosso: Maria do Socorro Medeiros (dona Maria Medeiros)


Antes de falar qualquer coisa sobre nossa personagem, uma palavra me vem a mente e é exatamente essa palavra que resume parte de uma trajetória construída dia após dia, ano após ano,  consolidada nos dias de renúncia, nos dias em que era necessário deixar a vida passar entre a vida pessoal e a palavra que me veio à mente o “trabalho”.

O esquecimento de si foi necessário, o abandono por anos de certas convenções sociais era preciso mais do que dedicação, não sei se paixão pelo que decidiu fazer durante toda a vida , não sei se vocação, talvez missão  e é essa missão que fez dessa pessoa um exemplo para diversas gerações. Fez dos dias de cansaço uma motivação que sempre inspirou a todos. Transformou seus sonhos em realidades na qual todos nós podemos desfrutar e notar sua ausência quando não estar em seu eterno posto de trabalho.

A humildade sempre a guiou, suas raízes da nossa Serra Verde e sua serenidade fez com que as pessoas tivessem em sua presença um respeito e uma consideração como se fosse de nossa família. E parece uma tradição para a maioria dos tourenses frequentar seu estabelecimento, afinal sua força foi e é a principal fonte de onde seu comercio parece se alimentar, se renovar, ser um porto seguro onde a amizade e interação entre funcionários e clientes parecem refletir sua temperança, sua personalidade, seu dom de administração, seu senso empreendedor e sua capacidade de manter a calma em meio aos diversos desafios do dia a dia de uma empresa que foi construída galgando degraus de dificuldades e esperanças.  

Como um dos primeiros comércios neste seguimento foi e é uma referência quando falamos em supermercado na nossa cidade. Hoje muito diferente do inicio a empresa mostra o retrato dessa pessoa, o espelho vivo de uma mulher que decidiu não desistir , enfrentou momentos de desesperança, aguentou épocas de crise, conseguiu fazer com que seu nome fosse durante décadas e até hoje para muita gente ser maior que a marca oficial de sua empresa.

Conseguiu criar, educar, direcionar na vida e unir a família em torno de seu projeto, que começou lá atrás em uma Touros, com poucas opções, com limitadas condições de renda, com uma população ainda se acostumando a fazer compras e contas nas antigas mercearias, ela decidiu apostar, lutar, acreditar. Essa mulher que tantas vezes chorou de angustias e preocupação,  mas que logo cedo estava a sorrir despachando no caixa, que as vezes esqueceu-se de si para sustentar seus sonho junto com sua família, essa mulher que escolheu crescer, conquistar sem reclamar, com fé, com garra, com suor e como já falei com lágrimas de preocupação e de incertezas.

A antiga fachada  com três portas que era o paraíso das crianças do Junqueira quando juntávamos algumas moedas para comprar os chicletes tão raros para nós, os chocolates batons raridade, o dinheiro que recebíamos de nossas ames para comprar o lanche naquele local magico cheio das guloseimas que despertavam o desejo de crianças pobres como  eu. Os famosos bolinhos “Cisne” e os biscoitos maria ´para um lanche melhor, era lá que buscávamos e sempre tínhamos a ajuda a alegria para tirar das prateleiras altas a presença dela e Deus conservou esse dom de servir e ajudar o cliente sempre.

Com os filhos ampliou a empresa, hoje uma filial foi aberta, hoje o frenético movimento é uma praxe todos os dias. As lutas valeram a pena, as perdas do início se compensam todos os dias, sua competência esta estampada na administração de seus filhos, que aprenderam na faculdade do caixa do antigo balcão.

Vamos compra lá em Dona Maria, esse nome por mais que o Supermercado Medeiros se afirme como uma renomada empresa em nossa cidade, o nome Dona Maria ainda o identifica, o personaliza, é a prova que o nome Dona Maria para as gerações mais antigas ultrapassa o tempo devido sua presença forte ter se cristalizado e se  misturado com o que ela com certeza acha mais sagrado que é sua labuta e sua autenticidade faz a historia do Medeiros ser escrita da maneira mais bonita possível.

Os novos meios de comunicação, a publicidade, a marca da empresa bem trabalhada, as diversas promoções anunciadas com o nome da marca tudo isso temos agora. Mas a expressão comprei lá em Dona Maria, olha se em Dona Maria ainda tá aberto, lá em Dona Maria tá mais barato. Ainda ecoa e é repetida por todos que acompanharam sua jornada e as batalhas que venceu para o Medeiros existir da forma que é hoje.

Por todo serviço prestado, por todo trabalho e por acreditar sempre em nossa cidade apesar de alguns motivos para largar tudo e desistir, mas nunca perdeu a força de vontade para continuar. Dona Maria do Socorro, Dona Maria Medeiros ou simplesmente Dona Maria. Touros vem lhe dizer muito obrigado.

Autor: Flávio Santos

Valorizando o que é nosso: Severino fotógrafo


As vezes pela vontade de nosso coração nós gostaríamos de congelar o tempo, impedi-lo de seguir seu rumo, paralisa-lo e usá-lo ao nosso bel prazer. Igualmente a uma fotografia que guarda nossas emoções e transfere para um instante a eternidade de um momento na hora em que ele acontece.

As vezes rever velhas fotografias nos faz imaginar o impossível e nos perguntamos porque esse tempo não volta? E o tempo responde estou passando sem pensar em vocês, sem dizer seu rumo, sem respeitar a vida de cada um apenas passo e carrego tudo comigo coisas boas e ruins e todos vocês são escravos que por mais que se escondam nunca conseguirão escapar do meu julgamento.

A pessoa a quem faço essa humilde homenagem fez durante décadas um pacto com o tempo. E com seu trabalho, dedicação e pioneirismo ele conseguiu fazer com que os instantes proporcionados pela dinâmica louca e irreversível do tempo fossem captados e servissem de uma espécie de fonte da juventude, onde nós vamos de vez em quando e revivemos todas as lembranças e emoções que esse homem conseguiu transformar em uma saudade boa que toma conta de nós todas as vezes que remexemos velhos documentos, a antiga caixa de sapatos que serve para guardar não apenas fotografia mais histórias de vida, os álbuns onde estão registrados parte da biografia dos filhos de Touros.

São emoções em preto e branco, são fotografias feitas em dias de sonhos, são registros em que nossas lagrimes as vezes molham ou aquele nó na garganta quase irresistível chega de repente pra nos dizer vivemos isso e se não fosse o trabalho desse homem apenas a memória seria um baú de guardar saudades.

Casamentos, batizados, aniversários, festas de padroeiro no tempo em que tudo era mais familiar, as fotos 3x4 para a primeira matricula e a emoção das crianças na fila de seu estúdio todas se sentindo importantes, o seu profissionalismo posicionando carinhosamente as gerações de crismandos e os que faziam a primeira eucaristia, o riso dos pais, a satisfação dos jovens em saber que o tempo ali obedeceria as lentes de sua câmera e ficaria marcado na história de vida de cada um.

As fotos chegavam de Natal em torno de três dias para serem reveladas, as famílias se juntando para ver o pequeno álbum. O orgulho dos pais nas formaturas, as inesquecíveis fotos da festa do Divino Bom Jesus dos Navegantes, as fotos das viagens para o juazeiro.Viagens essas que que se tornaram tradicionais a cada ano com os tourenses visitando a terra do padre Cícero e na chegada a alegria traduzida na queima de fogos. A satisfação de registrar as famílias junto ao tradicional presépio na matriz.

As dificuldades de exercer uma profissão que lidava com as mais novas tecnologias na época, a honestidade de um homem e sua missão para sustentar sua família em uma comunidade que a maioria não tinha o poder aquisitivo para “bater uma foto”, o desejo daqueles que não podia impulsionava esse homem a entender e acatar essa condição e por muitas vezes registrar o sorriso das famílias, a alegria das crianças, o orgulho dos pais, a beleza das jovens, a simplicidade do nosso povo sem muitas vezes receber por seu trabalho.

Ao final dos sete de setembro, as realizações religiosas, as comemorações nas festas de padroeiros em toda região onde houvesse aglomeração podíamos ver a atuação desse profissional, trocando o filme da máquina, suor molhando a roupa, respondendo às perguntas, tipo chega quando? Colorida é muito cara? Eu pego lá na sua casa? Tudo isso ele fazia ao mesmo tempo com uma serenidade absoluta. Tinha ainda de se preocupar para não queimar a foto e entregar na data prometida.

Com ele Touros tinha a certeza que podia contar para registar parte da história particular e coletiva de sua gente, tempos onde o início de muitos de nós começou nesta roda louca do tempo e tivemos a sorte de ter alguém que com muitas dificuldades devido as limitações da época conseguiu captar aquilo que hoje nos faz de todas as formas querer reviver. Hoje ele está na galeria daqueles que contribuíram efetivamente para a afirmação de que merecíamos sempre ter o melhor. O melhor ângulo, o melhor sorriso, a alegria que duraria para sempre nas fotografias sensíveis que ele foi capaz de transformar hoje em lembranças boas.

O tempo, ele fez com que hoje toda criança consiga tirar uma foto, editá-la, deixar do jeito que ela quer e deseja, apagar se não gostar e sem se preocupar em congelar o tempo para reviver em um tempo próximo. Não há mais quadros grandes que transformavam com as arte na atração da casa simples da mãe saudosa de seu filho que morava distante.

Essas emoções verdadeiras hoje arrebata nosso peito e nos faz refletir sobre com importante foi a luta, o pioneirismo, o compromisso com o que sempre fez, editar como em capítulos de amor as faces que formaram a evolução de nossa gente e é por isso Senhor SEVERINO FOTÓGRAFO, que Touros vem lhe dizer muito obrigado por tudo sua história é uma fotografia exposta na alma de nossa terra.

Autor: Flávio Santos

Valorizando o que é nosso: José Pereira da Siva (Dedé Pereira)


Imaginemos uma Touros que começava a sonhar com um próspero futuro econômico, social, cultural, artístico e que a necessidade de tornar públicas essas ideias, de tornar um slogan ou a logomarca de um evento estivesse na cabeça de seus idealizadores, que o sonho de abrir o comercio com as cores e a forma escolhida tivesse de ser dita e explicada oralmente ou com gestos manuais, que os muros ou espaços vazios nas laterais de algumas casas fosse o local ideal para anunciar seu sonho perseguido por tantos anos.

Ter todos os eventos das diversas administrações tendo como fonte de realização a cabeça e as mãos de um homem. Quando as gráficas e todo o seu aparato tecnológico não faziam parte da realidade tourense, quando as fachadas dos comércio não sonhavam com essas novas noções de material cada dia mais modernistas, tínhamos a quem recorrer.

Touros encontrou nas mãos dessa pessoal seu consolo e seu espelho na medida certa. Com a simplicidade que Deus dá aos gênios e um talento fora do comum ele traçava na ponta do lápis bem mais do que seu trabalho ele fazia arte, sem se preocupar com o tamanho da tarefa nem com quem o contratava todos saiam com a mesma perfeição.

Quando Deus permitia um tourense realizar o sonho de ter seu próprio negócio lá estava suas marcas no nome do empreendimento, as faixas de tantas e tantas festas de padroeiro de nosso rico interior tinha suas marcas, a nossa vida cotidiana as vezes era pautada por avisos nas faixas feitas por ele. Campanhas de vacinação, as alas das escolas no sete de setembro, os palcos dos grandes carnavais, as faixas de festivais de prêmios, sua grandeza estava sempre em sua simplicidade profissionalismo, o traço perfeito do artista que Touros sempre confiou.

Ao raiar do dia ou ao escurecer da noite a vida passava ao seu redor, o transito as pessoas, o calor mas nada era capaz de tirar a sua genial concentração. O carnaval começando, as pessoas circulando ao seu redor, o barulho das festas nada era capaz de perturba-lo em seu trabalho. Com seus pincéis e o material simples que eram parte de seu cotidiano ele fez quadros que ilustravam a nossa terra, ele fez desenhos de nosso padroeiro que emocionavam os romeiros e visitantes, ele com aquelas mãos que Deus lhe deu fazia réplicas idênticas de nosso farol gigante, ele que quando meninos pensávamos vai manchar o pano do desenho com a tinha mais saia na medida exata de seu talento.

Não se podia falar em “abrir letras” em Touros sem pensar primeiro em seu nome, sua era como um atelier dos mais ocupados artistas plásticos. Sempre cheio de trabalho mas nunca disse que não podia fazer seu trabalho. As formas não tinha mistérios para ele tudo era captado e organizado em seu intelecto e transformado e uma espécie de fotografia artesanal com traços típicos da pintura.

Não creio que exista alguém em que precisou desses serviços em Touros que nunca o tenha procurado, seu trabalho era sinônimo de excelência. Sua biografia de menino pobre e humilde o fez desde muito cedo viver do que sua cabeça reproduzia a traves de suas mãos. Seu caráter e seu estilo o transformaram em uma figura que podemos dizer pintou o sete em Touros no bom sentido.

Suas mão talentosas também o levaram para os campos de futebol, um dos grandes goleiros do futebol amador de nosso município, atuando em várias equipes da nossa cidade sempre passando a imagem da tranquilidade e segurança.

Nosso artista marcou nossa história e ainda marca da maneira mais bela transformando sonhos em arte através do seu oficio. Foi a fonte que recorremos por décadas para que nos “salvasse” de algum imprevisto ou trabalho urgente que tínhamos de entregar na escola, na empresa, no comercio etc.

Nele a expressão de nosso povo em todos os sentidos encontrava voz, cores e espaço para que todos vissem. Ele unia com sua arte nossas expectativas com a realidade do momento. O procuramos para expressar para o povo as mensagens de natal e réveillon da mesma forma como o buscamos para expressar protestos e indignação por algo que tivesse contrariando os interesses qualquer tipo de classe.

Não existe uma rua em touros sem as marcas de suas talentosas mãos, não existiu quem mas anunciasse Touros para os tourenses do que ele com aquilo que se propôs a ser um artista em sua essência. Quantas crianças foram felizes com os personagens pintados por ele em aniversários? Quantos saudosos não levaram uma réplica do farol feita por ele? Quanto Touros lhe deve? Em reconhecimento, valorização e respeito? Não saberia dizer pois artistas como ele são impagáveis não apenas por ser um profissional mas por transformar em arte nossos sentimentos, anseios e desejos. Quantos sorrisos tirou das pessoas, que ao verem o trabalho terminado disseram: ficou do jeito que eu queria.

É por isso e por tudo que você representa para nosso município que a José Pereira da Siva (Dedé Pereira) Touros vem dizer muito obrigado. 

quarta-feira, 8 de julho de 2020

COVID chega a presidência

Charge de Genildo

Governo do Estado divulga edital de seleção para professores bolsistas do ParaíbaTec

Foto ilustrativa
O Governo do Estado, por meio da Secretária de Educação, divulgou nesta quarta-feira (8), no Diário Oficial do Estado (DOE), o edital de processo seletivo simplificado na modalidade Ensino a Distância (EAD) do programa ParaíbaTec. Segundo a publicação, estão sendo ofertados 10 vagas para professor bolsista.
Ainda segundo o edital, o valor relativo à hora/aula para os bolsistas variam de R$ 42 (doutorado) a R$ 21 (graduação, licenciatura, bacharelado, tecnólogo).
As inscrições podem ser feitas nesta quinta-feira (9) e no dia seguinte será divulgada a lista com os nomes dos inscritos. O resultado final será divulgado no dia 15 de julho, mesmo dia em que será feita a primeira convocação. Dúvidas sobre o edital podem ser encaminhadas para o e-mail geep@see.pb.gov.br.
WScom

DECRETO DE N° 097, DE 07 DE JULHO DE 2020 prorroga no Município de Touros a Política de Isolamento Social Rígido como Medida de enfrentamento à COVID-19, e dá outras providências.


O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE TOUROS, no uso das atribuições que lhe confere o Artigo 97, inciso III da Lei Orgânica Municipal e,

CONSIDERANDO a decretação de Estado de Calamidade Pública em razão da grave crise de saúde pública decorrente da pandemia da COVID-19 (novo coronavírus) por meio do Decreto Estadual nº 29.534, de 19 de março de 2020;

CONSIDERANDO o disposto no art. 3º, II, da Lei Federal nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020;

CONSIDERANDO as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e das autoridades sanitárias do País e do Estado, no sentido de se buscar diminuir a aglomeração e o fluxo de pessoas em espaços coletivos mediante o isolamento social, para mitigar a disseminação do novo coronavírus (COVID-19);

CONSIDERANDO que medidas de isolamento social têm mostrado alta eficácia e vêm sendo adotadas em outros Municípios, Estados e Países para enfrentamento do novo coronavírus (COVID-19);

CONSIDERANDO o aumento exponencial dos casos da COVID-19 no Município de Touros que nesta terça-feira dia 07 de julho de 2020, foram constatados 330 (trezentos e trinta) casos confirmados e com 11 (onze) óbitos, bem como a necessidade de manter barreiras epidemiológicas/sanitárias como medidas para reduzir os casos no Município de Touros;

CONSIDERANDO a absoluta necessidade de manter medidas preventivas rígidas a fim de minimizar os efeitos da pandemia do novo coronavírus (COVID-19), com vistas a proteger de forma adequada a saúde e a vida da população do Município;

CONSIDERANDO a necessidade de intensificação do cumprimento das medidas de enfrentamento ao novo coronavírus (COVID-19) evidenciadas nas informações apresentadas hoje, por autoridades do Estado do Rio Grande do Norte e a situação de infecção no Município de Touros que depende de regulação na rede estadual de saúde para internação em leitos de UTI para tratamento de pessoas em estado grave;

CONSIDERANDO que os leitos de UTI disponíveis, estão ocupados em 100% na Região do Mato Grande e em 97% na região metropolitana de Natal, prejudicando as condições de acesso da população aos meios necessários a sobrevivência em casos agravados;

CONSIDERANDO que o Governo do Estado adiou a FASE 2 do Cronograma Para Abertura Gradual da Economia Potiguar prevista para o dia 14 de julho, com fundamento no agravamento da pandemia;

CONSIDERANDO a Recomendação Conjunta do Ministério Público do Trabalho, do Ministério Público Federal e do Ministério Público Estadual que orienta que os Governos Estadual e Municipal se abstenham de flexibilizar o isolamento social; e

CONSIDERANDO que o Supremo Tribunal Federal (STF), consolidou o entendimento de que as medidas adotadas pelo Governo Federal na Medida Provisória (MP) 926/2020 para o enfrentamento do novo coronavírus não afastam a competência concorrente nem a tomada de providências normativas e administrativas pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos |Municípios, cabendo ao Município tutelar o interesse local,

D E C R E T A:

Art. 1° Fica prorrogada até às 23h59min do dia 14 de julho de 2020, no Município de Touros, a política de isolamento social rígido para o enfrentamento da pandemia, consistente no controle da circulação de pessoas e veículos nos espaços e vias públicas, objetivando reduzir a velocidade de propagação da doença no Município de Touros/RN.

Art. 2° Fica, o Plano de Retomada Gradual das Atividades Econômicas, elaborado pelo Comitê para Enfrentamento do Novo Coronavírus (Covid-19 SARS -CoV-2) no Município de Touros, com a sua apresentação adiada para ocasião adequada, considerando o monitoramento dos casos, a avaliação das estatísticas oficiais e os indicadores da contaminação no Município e a oferta de vagas de internação em Unidades de Terapia Intensiva – UTI na rede estadual de saúde pública.

Art. 3° Ficam mantidos as determinações contidas nos Decretos Municipais 080/2020, 084/2020, 088/2020, 091/2020 e 094/2020, quando não confrontarem com o presente Decreto.

Art. 4° Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

 Touros/RN, 07 de julho de 2020.

FRANCISCO DE ASSIS PINHEIRO DE ANDRADE

Prefeito Constitucional

terça-feira, 7 de julho de 2020

Supermercados Rede Mais abrem vagas de emprego em Natal e Parnamirim

O RedeMais, rede de associativismo no Rio Grande do Norte, é uma empresa do ramo de supermercados que reúne o esforço de mais de uma dezena de empreendedores. Com lojas nas cidades de Natal, Parnamirim, Ceará-Mirim, Cruzeta, Currais Novos, Macau, Nova Cruz, São José de Mipibú, João Câmara, Santa Cruz e São Gonçalo, o RedeMais gera aproximadamente 1.500 empregos diretos e 700 empregos indiretos.
Nesta semana o grupo anunciou a oferta de vagas de emprego com plano de carreira para os novos colaboradores. Confira as oportunidades de trabalho abaixo:
  • Balconista de Açougue, Natal/Alecrim;
  • Balconista de Açougue, Natal/Dix-Sept Rosado;
  • Balconista de Açougue, Parnamirim;
  • Encarregado de Hortifrúti, Parnamirim;
  • Gerenciador de Padaria, Ceará-Mirim;
  • Operador de Caixa; Natal/Alecrim;
  • Pasteleiro.
Interessados devem encaminhar o currículo atualizado para o seguinte e-mail: selecao@redemaisrn.com.br. É necessário colocar no “campo assunto” o título da vaga.
Fonte: Blog de Assis Silva