quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Touros é destaque na imprensa de Minas

Praia do centro de Touros, no Rio Grande do Norte: clima de vila de pescadores (foto: Cristiane Silva/EM/DA Press)
Perto de Natal existe um pedaço do Rio Grande do Norte tão cheio de mar e sol quanto, mas bem menos badalado. É um daqueles lugares em que o tempo passa mais devagar e é possível desfrutar horas somente na companhia do mar, do calor e do vento. Dizem, inclusive, que lá é onde o vento faz a curva. Esse lugar é Touros, na Costa das Dunas, cidade que, apesar de pequena, guarda grandes histórias.
A principal delas diz que foi ali, e não na região de Porto Seguro (BA), que o “descobrimento” do Brasil começou. Alguns teóricos e historiadores defendem que as caravelas de Pedro Álvares Cabral chegaram primeiro lá, e uma das provas seria o Marco de Touros, coluna com a insígnia de Portugal fixada, em 1501, no local conhecido hoje como Praia do Marco. A original é guardada em um museu de Natal, mas há uma réplica em destaque no Centro de Touros.
MARCO Uma das versões atribui o nome da cidade a uma formação rochosa que lembra o animal. O marco é considerado o monumento colonial mais antigo do Brasil. No portal do governo do estado, uma matéria lista cinco evidências, apontadas pela navegadora e professora-doutora Rosana Mazaro, do Departamento de Turismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), de que a chegada dos europeus se deu por lá.
Se Cabral desembarcou primeiro em Touros ou não, fica o debate. Mas é possível confirmar que outros pioneiros europeus chegaram à cidade na história recente, e pelo ar. Foi lá que pousou o primeiro avião a fazer um voo atravessando o Oceano Atlântico sem escalas, em julho de 1928, vindo da Itália. Uma foto fácil de encontrar na internet mostra moradores de todas as idades ajudando a empurrar a aeronave dos pilotos Arturo Ferrarin (1895-1941) e Carlo Del Prete (1897-1928).
m Touros, fica o segundo maior farol da América Latina, com 62 metros de altura e quase 300 degraus. Construído no início do século 20, o Farol do Calcanhar ganhou esse nome por estar no local chamado de “calcanhar” do Brasil, bem no extremo leste. É nesse lugar que, observando no mapa, o litoral do país começa a curva de Norte/Sul para Leste/Oeste.
Também é em Touros que começa a BR-101, que leva do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, ao longo de 4,5 mil quilômetros. Repetindo uma frase conhecida pelos locais, um guia da Potiguar Turismo, uma das empresas de receptivo que oferecem passeios a quem visita o estado, diz que a rodovia, que ele já percorreu de moto, “liga o oxente ao tchê”. Uma placa marca o quilômetro zero da estrada. Diante dela estão arcos de concreto construídos pelo arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012).
Farol do Calcanhar é o segundo maior da América Latina, com 62 metros de altura (foto: Secretaria Municipal de Turismo de Touros/Divulgação)
Reportagem publicada no Jornal "O Estado de Minas"
Fonte: tourosemfoco

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