terça-feira, 16 de julho de 2019

Quer gerar uma renda extra?

Por Rê Campbell / Fotos: Cedidas / Arte: Éder Santos

Saiba como se organizar para aumentar suas receitas com uma nova atividade

Com a alta taxa de desemprego e o baixo crescimento da economia, muitos brasileiros buscam novas formas de gerar receitas. Mas como conseguir isso? O economista e consultor de empresas Sergio Dias diz que o primeiro passo para quem quer aumentar a renda é observar o mercado com muita atenção. “Você precisa identificar as oportunidades, verificar o que as pessoas estão buscando, quais as dificuldades que elas têm e como você poderia resolver o problema delas.”

O segundo passo é identificar as próprias habilidades e competências. “Não adianta descobrir uma demanda se você não consegue atendê-la. Verifique quais são seus conhecimentos, o que você sabe fazer e se precisa de algum tipo de capacitação para atuar na área escolhida.

Busque algo que seja agradável, que você faça com amor.”
Dias lembra que o empreendedor precisa avaliar as possibilidades da nova atividade. “A falta de planejamento é o maior erro dos empreendedores. O plano deve incluir o valor do investimento para insumos ou utensílios, o valor da sua hora de trabalho, os custos fixos e variáveis, o tempo gasto na atividade, os impostos e as formas de divulgação. Antes de estabelecer o preço, é preciso considerar a margem de lucro e avaliar os custos, além de verificar a concorrência.” Segundo Dias, o planejamento deve prever cenários positivos e negativos e traçar possíveis soluções.

O empreendedor também precisa estar atento à missão de seu negócio e aos valores que vão guiar sua atividade. Por exemplo, aonde você quer chegar? Em quanto tempo? O que terá que fazer para isso? Dias destaca que o empreendedor deve buscar seu diferencial no mercado. “Qual é sua vantagem competitiva? Meu conselho é buscar se destacar pela qualidade do produto ou pelo bom atendimento e oferecer o que os outros não fazem.”

Recomeço

Laura Kelle Torres Diniz, de 27 anos, ficou desempregada dois anos. Ela conta que nesse período fez alguns bicos, mas estava desanimada com a situação. Foi quando decidiu fazer cursos gratuitos por indicação de uma amiga. “Comecei o curso de corte e costura industrial no Instituto Bem Maior. Depois me inscrevi no curso de manicure e pedicure”, explica ela, que já tinha exercido esta função quando vivia em Santa Catarina e viu uma oportunidade de se profissionalizar na capital paulista. “Eu me mudei há pouco tempo e observei a necessidade das pessoas. Vi que havia uma oportunidade.” Pouco antes de terminar o curso, ela deu início ao trabalho de manicure na casa de clientes.

Segundo ela, o curso a ajudou a ultrapassar as dificuldades iniciais. “Eu estava desanimada, sem perspectiva. Os professores me incentivaram bastante. Por estar desempregada, às vezes vinha a ideia de que eu não era capaz, mas eles me ajudaram a superar. Tem que ter força de vontade para não desistir.”

Com as dicas do Instituto Bem Maior e do Sebrae, ela conta que começou a planejar a abertura do próprio negócio. “Trabalhei sete meses como autônoma para juntar dinheiro e agora abri meu salão. É um espaço pequeno, mas a meta é crescer. Tem dias em que a demanda é tão alta que não consigo atender todas as clientes.”

Laura diz que sua principal preocupação é oferecer um bom atendimento. “Eu sou pontual e ofereço um trabalho de qualidade. Sou bastante cuidadosa e atendo o público idoso também e, por isso, há uma preocupação com a saúde.”

Laura fez cursos no Instituto Bem Maior, entidade de São Paulo que oferece cursos gratuitos a pessoas que estão em risco de vulnerabilidade social. Entre as atividades oferecidas estão capacitações em design de sobrancelha, manicure e pedicure, maquiagem, barbeiro, informática e inglês, entre outras.


Fonte: Universal.org

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