Trabalhadores brancos recebem 45% a mais do que negros, alega a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a pesquisa, as dificuldades não se baseiam só nas diferenças de oportunidade de estudos, pois, mesmo entre os brasileiros com curso superior, ainda há uma diferença de 31% nos salários.
E a diferença não seria só salarial, mas também de quantidade de ocupantes de altos cargos. Os negros se concentrariam em funções mais baixas nas empresas, sendo mais raro um deles na diretoria ou na presidência, mostra o estudo do IBGE, para o qual um dos motivos seria que os brancos também têm mais referências e indicações, justamente pela maior quantidade deles nas funções mais altas.
Empreendedores “forçados”
Outros dados da Pnad apontam que ter menos oportunidades no mercado faz com que mais negros abram seu próprio negócio, um “empreendedorismo obrigatório”, já que não há alternativa.
Por outro lado, a pesquisa também mostra que isso está mudando, com mais jovens negros empreendendo por vontade própria e não só por não acharem emprego. Muitos, inclusive, procuram fabricar e fornecer produtos e serviços voltados para o público negro – sendo que o consumo de artigos voltados para esse público movimenta cerca de R$ 1,8 trilhão anualmente.
Crédito mais difícil
Mas, apesar desse consumo anual, os negros têm dificuldade de conseguir crédito para investir em seus negócios, de acordo com pesquisa realizada pelas instituições PretaHub, Plano CDE e JP Morgan.
Os pesquisadores alegam que 32% dos empreendedores negros ou pardos tiveram seus pedidos de crédito negados pelos bancos, mesmo que suas empresas movimentassem uma boa quantia, sem que essas instituições financeiras lhes explicassem o motivo da negativa.
Alguns entrevistados na pesquisa citaram tratamento discriminatório por parte dos bancários que os atenderam.
Racismo escondido
Em uma matéria intitulada O Racismo Velado, que a Câmara dos Deputados brasileira publicou em seu site oficial, há uma consideração interessante: “Numa abordagem direta sobre racismo, muita gente talvez diga que não existe discriminação racial no Brasil ou há quem não se dá conta de seu preconceito velado, escondido, tão banalizado socialmente que pode não ser percebido”. A matéria continua: “Pior:
Quem sofre racismo enfrenta obstáculos concretos no acesso a bens, serviços e direitos, além de problemas psicológicos gerados por problemas de aceitação e baixa autoestima”.
Infelizmente, as pesquisas citadas parecem comprovar o que a Câmara dos Deputados denuncia. Em pleno século 21, o Brasil (e o mundo) ainda precisa resolver este problema se quiser mesmo alcançar progresso e justiça.
Fonte: universal.org
E a diferença não seria só salarial, mas também de quantidade de ocupantes de altos cargos. Os negros se concentrariam em funções mais baixas nas empresas, sendo mais raro um deles na diretoria ou na presidência, mostra o estudo do IBGE, para o qual um dos motivos seria que os brancos também têm mais referências e indicações, justamente pela maior quantidade deles nas funções mais altas.
Empreendedores “forçados”
Outros dados da Pnad apontam que ter menos oportunidades no mercado faz com que mais negros abram seu próprio negócio, um “empreendedorismo obrigatório”, já que não há alternativa.
Por outro lado, a pesquisa também mostra que isso está mudando, com mais jovens negros empreendendo por vontade própria e não só por não acharem emprego. Muitos, inclusive, procuram fabricar e fornecer produtos e serviços voltados para o público negro – sendo que o consumo de artigos voltados para esse público movimenta cerca de R$ 1,8 trilhão anualmente.
Crédito mais difícil
Mas, apesar desse consumo anual, os negros têm dificuldade de conseguir crédito para investir em seus negócios, de acordo com pesquisa realizada pelas instituições PretaHub, Plano CDE e JP Morgan.
Os pesquisadores alegam que 32% dos empreendedores negros ou pardos tiveram seus pedidos de crédito negados pelos bancos, mesmo que suas empresas movimentassem uma boa quantia, sem que essas instituições financeiras lhes explicassem o motivo da negativa.
Alguns entrevistados na pesquisa citaram tratamento discriminatório por parte dos bancários que os atenderam.
Racismo escondido
Em uma matéria intitulada O Racismo Velado, que a Câmara dos Deputados brasileira publicou em seu site oficial, há uma consideração interessante: “Numa abordagem direta sobre racismo, muita gente talvez diga que não existe discriminação racial no Brasil ou há quem não se dá conta de seu preconceito velado, escondido, tão banalizado socialmente que pode não ser percebido”. A matéria continua: “Pior:
Quem sofre racismo enfrenta obstáculos concretos no acesso a bens, serviços e direitos, além de problemas psicológicos gerados por problemas de aceitação e baixa autoestima”.
Infelizmente, as pesquisas citadas parecem comprovar o que a Câmara dos Deputados denuncia. Em pleno século 21, o Brasil (e o mundo) ainda precisa resolver este problema se quiser mesmo alcançar progresso e justiça.
Fonte: universal.org
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