sábado, 1 de outubro de 2022

A importância do voto nas eleições deste domingo


Estamos às vésperas de mais um pleito eleitoral, "festa da democracia". Vale frisar que nossa história de lutas contra todas as formas de opressão e de concentração do poder, encontra eco na tomada de posição de que somos todos iguais. Da sabedoria enciclicar papal (fratelli tutti) extrai-se uma nova definição de política: ...ao amor, a boa política une a esperança, a confiança nas reservas de bem que, apesar de tudo, existem no coração do povo. 

Por isso, a vida política autêntica, que se funda no direito e em um diálogo leal entre os sujeitos, renova-se com a convicção de que cada mulher, cada homem e cada geração carregam em si uma promessa que pode irradiar novas energias relacionais, intelectuais, culturais e espirituais. 

Reflexão que traz à tona um princípio muito apropriado para o pacto social de que deriva nosso proclamado Estado Democrático de Direito, o da fraternidade, que está no núcleo pétreo de nossas disposições constitucionais.

A opção por uma sociedade mais igual, mais generosa, mais justa e fraterna deve ser sempre a tônica de práticas políticas a serem protagonizadas por nossos bons políticos e que, assim, bem nos representam.

Compareçamos, pois, irmanados para o exercício desse mais relevante direito da cidadania, conscientes de que tal participação é um imperativo reclamado como reconhecimento das conquistas históricas heroicamente alcançadas pelos que nos antecederam e nos legaram a possibilidade de decidir nosso próprio destino. 

Lembremo-nos da advertência poética de Neruda: "você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das consequências". Que tudo se inspire, pois, num processo preponderantemente integrador e gerador de ordenamentos jurídicos, políticos e econômicos que congregue a todos, que iguale em direitos gêneros e raças, que rompa as fronteiras que segregam grupos humanos, enfim, que se dirija permanentemente à comunhão de nossa humanidade e, dessa forma, ao bem comum. 

Aí está a beleza da vida e vida em abundância em uma sociedade que se quer conduzir pela cultura do encontro em substituição à cultura do descarte, como ainda sugere o Papa jesuíta, citando alguém muito próximo a nós, Vinícius de Moraes, “a vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida”. 

Que a pacífica participação do povo brasileiro neste importante processo eleitoral nos leve cada vez mais a nos afastarmos dos desencontros da vida.

Fonte: https://mppr.mp.br/ com alterações sem fugir do contexto geral.

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