Em meio a um cenário político conturbado, os brasileiros
têm cada vez mais interesse em debater os rumos do País. Nas ruas e na
internet, todos querem expor a própria opinião. É aí que surgem divergências e
discussões acirradas.
A divulgação constante de novos acontecimentos provoca
confusão em boa parte das pessoas. Muitas acabam só repetindo o que veem na
televisão e nas revistas, sem questionar. Outras se tornaram tão intolerantes a
opiniões contrárias que chegam a desfazer amizades e a trocar ameaças nas redes
sociais. Qual é o caminho para que o debate não se transforme em uma guerra?
Buscar informações em fontes variadas e conhecer o
funcionamento da nossa democracia são os primeiros passos para que as
discussões gerem mudanças positivas. “A desinformação serve de combustível para
esse momento tão dramático da política brasileira. A grande mídia muitas vezes
dá informações que não são corretas e as pessoas repetem isso nas ruas”, alerta
Paulo Silvino Ribeiro, professor de sociologia brasileira da Fundação Escola de
Sociologia e Política de São Paulo (Fespsp).
“Ninguém é a favor de corrupção, masdeve-se ter muita
clareza antes de tomar uma posição para não servir a interesses escusos.” ,
destaca o professor.
Para ele, as pessoas deveriam criar o hábito de buscar
informações diretamente nas fontes, em sites dos governos e portais de
transparência, assistir à TV Senado e à TV Câmara, e acompanhar a atuação dos
políticos. “Há brasileiros que se esquecem até em quem votaram.”
Ribeiro acrescenta que o desconhecimento sobre o papel
dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário leva muitos brasileiros a
erros. “A falta de clareza sobre as limitações dos poderes leva a população a
ter mais expectativas em relação ao poder que mais aparece todos os dias na TV,
que é o Executivo. Então, se a cidade vai mal, por exemplo, a pessoa xinga o
prefeito. Mas muitas não levam em conta o papel de deputados, vereadores,
senadores. O Executivo não consegue implementar nenhuma ação sem o aval do
Legislativo”, completa.
Judiciário
Quem: juízes, ministros e desembargadores
Fiscaliza o cumprimento das leis e julga de acordo com as
leis criadas pelo Poder Legislativo e com a Constituição do País. É formado por
magistrados com formação jurídica e experiência na área. São nomeados pelo
Executivo ou aprovados em concursos públicos, e não eleitos por voto direto. No
âmbito federal, é formado por tribunais superiores, entre eles o Supremo
Tribunal Federal.
Legislativo
Quem: deputados estaduais e federais, senadores,
vereadores
Responsável pela formulação e aprovação de leis e normas
que organizam a sociedade e dão garantias ao cidadão. Também cuida da
fiscalização das ações do Executivo. O poder legislativo brasileiro é exercido
pelo Congresso Nacional, composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado
Federal.
Executivo
Quem: presidente da República, governadores, prefeitos
Responsável por executar ações de governo. Tem a função
de colocar em prática leis e demandas da sociedade em áreas como educação,
saúde, segurança etc. Também administra e cria novos projetos.
Publicado em 03/04/2016 às 00:05.Por Rê Campbell / Foto:
José Cruz/Agência Brasil
http://www.universal.org/noticia/2016/04/03/quem-e-quem-na-politica-brasileira-36087.html
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