No Brasil, um em cada dez estudantes de 15 anos é vítima frequente de
bullying nas escolas. Esses adolescentes sofrem ataques repetitivos que
incluem apelidos pejorativos, insultos, boatos maldosos e agressões
físicas. O dado faz parte do terceiro volume do Programa Internacional
de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2015, análise aplicada pela
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) entre
estudantes de 72 países.
No mundo, 130 milhões de estudantes entre 13 e 15 anos foram vítimas
de bullying, o que representa um em cada três jovens, segundo o
relatório "Um Rosto Familiar: A violência nas vidas de crianças e
adolescentes", do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
O psiquiatra Luiz Scocca explica que o bullying pode gerar
consequências graves. “O bullying pode ocasionar vários transtornos
psiquiátricos, particularmente a depressão, e até questões mais graves,
como suicídio ou mesmo o assassinato, mas o caso de Goiânia não pode ser
compreendido apenas à luz do bullying, pois não temos outros detalhes”,
pondera.
A psicóloga Maria Tereza Maldonado concorda
que o bullying pode levar a vítima a atitudes extremas, mas isso
depende de algumas condições. “Passar da imaginação para a ação e
planejar um ato como o homicídio pressupõe um problema emocional maior”,
pontua ela, que é autora dos livros A face oculta: uma história de
bullying e cyberbullying e Bullying e cyberbullying – o que fazemos com o
que fazem conosco?.
A especialista diz que as intimidações afetam a saúde física e mental
e podem se estender ao ambiente digital, o chamado cyberbullying. “O
bullying gera sofrimento e reações no corpo. A criança pode ter dores de
estômago, de cabeça ou ataques de ansiedade. No cyberbullying, a
tecnologia é usada para fazer intimidações e fragilizar a vítima. Ainda
há pouca conversa entre pais e filhos sobre o uso responsável da
tecnologia e das redes sociais”, alerta.
Fonte: universal.org
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