Um dos setores que mais têm crescido para
investimentos nos últimos anos é o de lojas virtuais. De acordo com
levantamento do Ebit/Nielsen, referência em informações sobre o comércio
eletrônico brasileiro, o e-commerce cresceu 12,1% no primeiro semestre
de 2018, em comparação com o mesmo período do ano passado. Esse aumento
representa um faturamento de R$ 23,6 bilhões. E só no final de semana
pós-Black Friday, o e-commerce faturou R$ 950 milhões. Trata-se de um
setor atrativo financeiramente. Mesmo assim, muitas pessoas ainda têm
dúvidas sobre como proceder na hora de implantar uma loja virtual.
Tecnologia e gestão
Para Davi Jerônimo, de 40 anos, consultor do Sebrae-SP, administrador de empresas e especialista em tecnologia da informação, juridicamente, não existem diferenças entre um empreendimento físico e um virtual, mas o mecanismo entre os dois é diferente. “No virtual, você tem que gerar o tráfego de clientes para o seu site. Para isso, é preciso ter uma boa rede social e trabalhar bastante conteúdo. Diferentemente de uma loja física, em que o cliente entra pela porta da loja, eu tenho que puxar o cliente para o meu site. Tenho que ter palavras-chaves associadas à minha marca para que o Google ache a minha empresa na internet e direcione as pessoas para o meu site”, esclarece.
O que é preciso
De acordo com Jerônimo, não é preciso ter experiência anterior com lojas físicas para abrir um negócio virtual. “O marketing evoluiu muito para o lado digital e tudo está voltado para o e-commerce. Esse mercado representa cerca de 8% do varejo e o preço médio de venda é de R$ 450. Muitas empresas que possuem lojas físicas estão investindo nessa área. Ter experiência anterior com vendas é importante para que a pessoa saiba lidar com esse canal, mas não é um pré-requisito. Quem quer investir nessa área tem que entender um pouco de tecnologia e do processo de interação com o cliente”, explica.
Facilite a busca
Para o consultor, o primeiro passo é montar a loja virtual. “Busque um profissional para montar a sua página na internet. Ela tem que ser segura, ter leitura e navegabilidade fáceis, um carrinho de compras bem definido, palavras-chaves que facilitem a busca dentro do site e URL amigável, com o nome do produto que está sendo buscado.”
Outro passo é colocar fotos do produto em, no mínimo, três posições, mas que não sejam “pesadas” para abrir. “Há estatísticas que apontam que as pessoas passam de um a dois minutos em um site. Se a navegabilidade travar, o cliente acaba desistindo de comprar”, alerta.
Vender de tudo?
Também é importante definir o que vender: “se eu vou trabalhar com determinado serviço ou produto, tenho que saber quem é o meu público. Preciso saber se a venda compensa o preço do frete”.
Para Jerônimo, algumas pessoas têm um site e não vendem nada, enquanto outras que têm um público seletivo e um produto muito bem definido são capazes de ganhar muito bem. “Por isso, também é importante ter ferramentas de feedback com o cliente, além de monitorá-lo”, comenta.
Carro-chefe
Mas um dos grandes problemas enfrentados pelas lojas virtuais é como equalizar estoque e vendas. “É importante organizar-se e saber qual é a margem de segurança. Para isso, eu estabeleço um número de vendas a atingir. Quando chegar a esse limite é o momento de fazer um novo pedido ao fornecedor”, orienta.
Barato e fácil
O especialista ainda dá dicas finais sobre esse mercado que está em amplo crescimento. “Todo site tem que ser responsivo, para facilitar a interação com o cliente, porque a maioria das pessoas está acessando as lojas virtuais por meio de celulares. A tendência é que isso aumente, pois é muito mais barato e fácil vender pela internet. Até quem tem a loja física hoje está atento a esse mercado. Mesmo com as grandes empresas, há muito espaço para investir, basta achar o seu nicho de negócio”, conclui.
FONTE: universal.org
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