Foi-se o tempo em que os escorpiões eram encontrados apenas em áreas rurais. Por causa do desmatamento assustador que assola o País, esses aracnídeos conseguiram espaço próximo às residências e se tornaram também um problema urbano.
De acordo com o Ministério da Saúde (MS), o número de incidentes pela picada de escorpiões foi superior a 90 mil em 2018. Deste total, mais de 40 mil ocorreram na região Sudeste, principalmente no interior de São Paulo. Em seguida, o Nordeste foi a região com maior número de casos: 39 mil.
Desses registros referentes ao ano passado, 99 resultaram em mortes. Esse número é tão expressivo que ultrapassou o de óbitos por picadas de serpentes, que até 2017 lideravam o ranking dos animais peçonhentos que mais matavam no País.
O problema é que esse número deve continuar aumentando porque os escorpiões gostam de ambientes quentes e úmidos. Então, enquanto durar esse período de calor e chuvas, mais fácil será a multiplicação deles.
Um dos fatores que contribuem para esse número alto é a fácil adaptação do escorpião aos ambientes. Outra causa é o aumento da quantidade de lixo e entulhos nas cidades. Nesses locais, há o aparecimento de insetos, principalmente baratas, que são o principal alimento dos escorpiões.
Além disso, a fêmea não precisa do macho para se reproduzir. Por meio do processo de partenogênese, ela se reproduz sozinha, liberando por ciclo entre 20 e 30 filhotes.
O que fazer
Atualmente, há no Brasil mais de 150 espécies de escorpiões, todas elas venenosas. A mais perigosa e que causa mais acidentes é a espécie Tityus serrulatus (escorpião-amarelo).
A picada provoca dor, inchaço e vermelhidão no local, além de febre. A vítima precisa se dirigir imediatamente ao hospital para avaliar a necessidade de tomar o soro antiescorpiônico, principalmente as crianças, porque o veneno ataca o sistema nervoso central, provoca alterações cardíacas e pode ser letal.
Controle e prevenção
Diante do número alto de picadas de escorpião, o MS e o Instituto Butantan – fabricante do soro antiescorpiônico – estão promovendo campanhas educativas. Entre elas está uma força-tarefa para orientar médicos e agentes de saúde a respeito do aracnídeo.
Uma boa dica para este trabalho é a inclusão da busca de focos de escorpiões na rotina de fiscalização da vigilância sanitária, assim como acontece com o Aedes aegypti, o mosquito da dengue.
Além disso, são necessárias algumas intervenções ambientais para o controle: diminuir a oferta de abrigo do animal, como pedras, madeiras e folhas; impedir o seu acesso às casas por meio de frestas, ralos e janelas; valorizar os predadores naturais, como aves, lagartos e sapos; e controlar os insetos que constituem o seu alimento.
Porém, cada cidadão também precisa fazer sua parte. Diante de um cenário tão desfavorável, o recomendado é ficar atento à limpeza das casas para evitar o acúmulo de lixo e entulhos.
Para escapar de uma possível picada, é preciso examinar roupas, calçados, toalhas de banho e vestuário de cama antes de usá-los; vestir luvas de couro ao mexer em materiais de construção; evitar andar descalço; e proteger os vãos sob as portas.
Aplicar inseticidas não traz resultados satisfatórios. Isso porque não existe ainda um veneno específico para combater os escorpiões.
Fonte: universal.org
De acordo com o Ministério da Saúde (MS), o número de incidentes pela picada de escorpiões foi superior a 90 mil em 2018. Deste total, mais de 40 mil ocorreram na região Sudeste, principalmente no interior de São Paulo. Em seguida, o Nordeste foi a região com maior número de casos: 39 mil.
Desses registros referentes ao ano passado, 99 resultaram em mortes. Esse número é tão expressivo que ultrapassou o de óbitos por picadas de serpentes, que até 2017 lideravam o ranking dos animais peçonhentos que mais matavam no País.
O problema é que esse número deve continuar aumentando porque os escorpiões gostam de ambientes quentes e úmidos. Então, enquanto durar esse período de calor e chuvas, mais fácil será a multiplicação deles.
Um dos fatores que contribuem para esse número alto é a fácil adaptação do escorpião aos ambientes. Outra causa é o aumento da quantidade de lixo e entulhos nas cidades. Nesses locais, há o aparecimento de insetos, principalmente baratas, que são o principal alimento dos escorpiões.
Além disso, a fêmea não precisa do macho para se reproduzir. Por meio do processo de partenogênese, ela se reproduz sozinha, liberando por ciclo entre 20 e 30 filhotes.
O que fazer
Atualmente, há no Brasil mais de 150 espécies de escorpiões, todas elas venenosas. A mais perigosa e que causa mais acidentes é a espécie Tityus serrulatus (escorpião-amarelo).
A picada provoca dor, inchaço e vermelhidão no local, além de febre. A vítima precisa se dirigir imediatamente ao hospital para avaliar a necessidade de tomar o soro antiescorpiônico, principalmente as crianças, porque o veneno ataca o sistema nervoso central, provoca alterações cardíacas e pode ser letal.
Controle e prevenção
Diante do número alto de picadas de escorpião, o MS e o Instituto Butantan – fabricante do soro antiescorpiônico – estão promovendo campanhas educativas. Entre elas está uma força-tarefa para orientar médicos e agentes de saúde a respeito do aracnídeo.
Uma boa dica para este trabalho é a inclusão da busca de focos de escorpiões na rotina de fiscalização da vigilância sanitária, assim como acontece com o Aedes aegypti, o mosquito da dengue.
Além disso, são necessárias algumas intervenções ambientais para o controle: diminuir a oferta de abrigo do animal, como pedras, madeiras e folhas; impedir o seu acesso às casas por meio de frestas, ralos e janelas; valorizar os predadores naturais, como aves, lagartos e sapos; e controlar os insetos que constituem o seu alimento.
Porém, cada cidadão também precisa fazer sua parte. Diante de um cenário tão desfavorável, o recomendado é ficar atento à limpeza das casas para evitar o acúmulo de lixo e entulhos.
Para escapar de uma possível picada, é preciso examinar roupas, calçados, toalhas de banho e vestuário de cama antes de usá-los; vestir luvas de couro ao mexer em materiais de construção; evitar andar descalço; e proteger os vãos sob as portas.
Aplicar inseticidas não traz resultados satisfatórios. Isso porque não existe ainda um veneno específico para combater os escorpiões.
Fonte: universal.org
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