O endividamento das famílias voltou a crescer e, segundo dados do Banco Central, alcançou o maior nível em três anos. A taxa de endividamento em relação à renda acumulada em 12 meses em maio subiu para 44,04%. Foi a sétima alta mensal consecutiva e o maior nível desde abril de 2016, quando atingiu 44,2%. De acordo com pesquisa da Confederação Nacional do Comércio (CNC), o percentual de famílias endividadas no país cresceu de 64% em junho para 64,1% em julho deste ano. Em julho de 2018, a taxa era de 59,6%.
A proporção das famílias que se declararam muito endividadas, consequentemente, também aumentou entre o mês passado e o anterior, de 13% para 13,3%. A parcela que declarou estar mais ou menos endividada passou de 22,6% para 23,8%, e a pouco endividada, de 23,8% para 27%.
Rafael Carneiro, estudante, 22 anos, se endividou após ter um problema de saúde e ficar impossibilitado de trabalhar. “Eu moro sozinho e minha única fonte de renda vem da venda de doces, mas eu tive dengue e fiquei parado por 21 dias, o que acabou comprometendo muito o meu orçamento. Como eu não tinha o dinheiro, fui passando todos os gastos no cartão, só que a cada mês que passava eu não conseguia pagar a fatura inteira e aí ficava sempre um resquício para o mês seguinte”, conta.
Fonte: Assis Silva
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