Inicialmente
parabenizo a todos os candidatos que colocaram seus nomes a disposição da
sociedade para a escolha dos conselheiros tutelares, parabenizo aos eleitores
que sacrificaram seu domingo para votar, ao mesmo tempo, deixarei o Conselho
Tutelar triste, pois sei o quanto fui atuante, ao mesmo tempo fico muito feliz por sair de
cabeça erguida e na sensação de dever cumprido.
Quando
assumir o Conselho em 2016 não tinha uma cadeira para sentar, não tinha uma
sala de atendimento com a organização que temos hoje, os computadores estavam
todos encaixados e graças a uma equipe proativa conseguimos organizar o órgão,
organizei juntamente com o colegiado a parte documental e os atendimentos,
realizamos palestras preventivas e trabalhamos o projeto contra o abuso sexual
em todas as escolas, fomos a várias capacitações no RN e PE, criamos o blog, o
e-mail e o Facebook do Conselho, realizamos três grandes formações de
conselheiros na cidade de Touros, construímos um trabalho sólido, o Conselho
para mim sempre foi uma prioridade conforme determina a Lei.
A
falta de reconhecimento de um trabalho dedicado me deixou reflexivo, vale
a pena atuar conforme a lei? Para mim, creio que sim, mais será que
realmente vale a pena?
Nesta
eleição percebi o quanto as pessoas gostam de arriscar em novidades, o quanto
se deixam se influenciar por apoios políticos, porém, tenho a ciência que é um
direito do eleitor escolher seus representantes, mesmo que passem 4 anos
reclamando.
O que
vimos nesse domingo dia 06 de outubro do ano de 2019, foi absurdo! Os
currais eleitorais com seus cabos eleitorais cercando as pessoas desde a
entrada na escola e saída com a confirmação do voto foi gritante.
O
Caderno fornecido pelo TRE faltava eleitores que após enfrentar filas enormes
não conseguiam votar por o seu nome não estava ali! Como explicar
isso? Eleger um Conselheiro Tutelar em dias atuais custa caro, caro
financeiramente falando e caro para as crianças e adolescentes que terão seus novos representantes.
Diante do contexto, agradeço
a Deus pelos 513 eleitores que acreditaram e acreditam em meu trabalho e
agradeço também pela oportunidade que tive, abracei a causa e pude fazer um
trabalho que não tenho do que me vergonhar.
Aprendi
a gostar do Conselho Tutelar na prática, pois sempre soube que era um trabalho horrível, de péssimas condições e principalmente de risco, sentirei muito, principalmente por não poder dar continuidade a um
trabalho conforme preconiza o ECA inciado em 2016.
Como cristão que sou, acredito que foi a vontade de Deus.
Como cristão que sou, acredito que foi a vontade de Deus.
"Até o cair de uma folha é permissão de Deus".
Att. João Nelo de Oliveira
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