quinta-feira, 11 de junho de 2020

História de Carnaubinha, Touros/RN


ORIGEM DO NOME – Diminutivo de carnaúba, palmeira copernicea cerífera, também chamada de carnaíba. O nome provém do enorme sítio de coqueiros chamado Carnaubinha, que existia ali no século XIX, compreendendo as terras da atual Praia de Carnaubinha.

ASPECTOS – Linda praia, extensa, reta, com areias finas, cercada por coqueiros uniformes de médio porte. As águas calmas favorecem o banho de mar. Há currais de pescas e o povoado é festivo e acolhedor. Carnaubinha destina-se a ser importante praia de veraneio.

HISTÓRICO – No ano de 1885, Carnaubinha contava com um pequeno número de casas onde residiam pescadores que freqüentavam o “Buraco da Tainha” (local bom para pescar). As primeiras casas de telhas e tijolos, fabricados em Santa Luzia do Saco surgiram em 1925, construídas pelos pescadores Manoel Raimundo do Nascimento e sua esposa Ingraça do Nascimento, Francisco Miguel do Nascimento (Pixico) pai de Luís Francisco do Nascimento, João Francisco de Brito e sua esposa Regina Maria da Conceição, estes últimos vieram da “Baixa de Quimquim”, onde nasceu a filha do casal, Adelaide Maria de Brito. Devido à sua proximidade com a Praia de Touros, “Carnaubinha de Nossa Senhora de Fátima” evoluiu rapidamente, principalmente a partir da Segunda Guerra Mundial, quando foi área de acampamento de pelotão do Exército Brasileiro.

Nos idos de 1985, os trabalhos de algumas religiosas de nacionalidade alemã, destacando-se irmã Aloisia Gemardinger, possibilitaram a reforma da igreja de Nossa Senhora de Fátima, marco religioso de grande importância para a evolução da comunidade praieira de Carnaubinha.

REGISTRO – No início do povoamento de Carnaubinha havia muita pobreza. Os habitantes sobreviviam alimentando-se de mucunã (planta cujas vagens têm um revestimento piloso que causa prurido na pele de quem lhes toca) pisado no pilão, lavado em nove águas para o comensal não morrer atordoado, e goiti pós-enterrado por três dias nos morros de Carnaubinha. A iluminação era possível através de uma “piroca” feita num copo d’água.

ARTESANATO – Trabalhos realizados com fibras de coqueiro; casinha de papelão/areia; conchinhas; chapéus feitos de pano do coqueiro; trabalhos de labirinto, etc.

LENDA – Há no litoral do Rio Grande do Norte a tradição do “Fogo Corredor” que desce e sobe morros, mito do passado propagado, também, em Carnaubinha. Explicações populares dadas a Câmara Cascudo, em Geografia do Mitos Brasileiros: “Batatão é o fogo parado. O fogo corredor é a alma dos compadres e das comadres que em vida não guardaram o respeito da igreja. São obrigadas por isso a penar até que seja cumprida a sentença marcada pelo criador”.

PRAIA DE CARNAUBINHA - DISTRITO DE TOUROS/RN
ACESSO – BR 101/RN 023.
DISTÂNCIA DE NATAL – 99 km.

Fonte: página no facebook/praia_carnaubinha

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