Existem dois tipos de homem: aquele que, durante uma discussão sobre
qualquer assunto, expõe sua opinião. Mesmo que seja firme e a situação
esteja mais inflamada, ele debate com civilidade. Não tenta impor na
marra seu pensamento. Sabe, inclusive, que pode estar errado, ou, quando
sabe que não está, mesmo assim ouve o argumento do interlocutor. Até
mesmo se rende a ele, se houver sentido. Ou, mesmo que não se renda e
mantenha sua opinião, não faz da discussão uma briga sem sentido.
O outro tipo é aquele que também tem uma opinião. Mas, mesmo que
todos os argumentos contra ele sejam inteligentes e façam sentido – e lá
em seu pensamento ele concorde –, exteriormente não os reconhece. Mas
não porque continua a pensar como expôs e sim porque um orgulho patético
o faz não dar o braço a torcer.
Então, pensando bem, não há dois tipos de homem. Há um só. E é o
primeiro. Porque o comportamento do segundo é o de um moleque mimadinho
que não pode estar errado só porque não aceita estar.
Quem não conhece caras assim? Está praticamente escrito na testa
deles que concordam com o que a outra pessoa diz, mas eles acham que
serão tidos como fracos se reconhecerem isso. Há até os que se exaltam
de tal forma que só faltam pular em cima do outro e rasgar sua jugular
com os dentes, numa demonstração bastante clara de imaturidade e
individualismo exacerbado.
É um dos grandes perigos, dentre muitos, de se deixar levar pela
armadilha da emoção. Numa conversa decente, o lugar principal é o da
razão. E um ser racional admite que está errado, se for o caso, ou que
pelo menos se dispôs a pensar no que o outro lado diz, mesmo que nunca
chegue a concordar. Está aberto a analisar os fatos ou dados, a
colocá-los na balança para chegar a uma conclusão.
É fácil, entre homens que não pensam muito, querer resolver as coisas
no peito e na raça, usando a força. Lutas e guerras sempre existiram e
sempre existirão, mas como o último dos últimos recursos e somente
quando há uma situação bem definida de abuso contra alguma das partes.
E, mesmo assim, devem ser pensadas e repensadas antes de explodirem.
Quantas inimizades (e até guerras, já que falamos nelas) não
aconteceram sem necessidade só por uma divergência que poderia ter sido
resolvida de forma exemplar, para que outros se inspirassem nisso e se
lembrassem na hora de resolver seus conflitos de interesses ou de
opiniões?
É, meu caro, ser homem é muito bom, mas não é fácil. Só que não
podemos nos dar ao luxo de ceder a desculpas como ter “sangue nos olhos”
ou de, infantilmente, por não termos inteligência para argumentar,
apelarmos para a grosseria ou para a ofensa barata.
Um verdadeiro cavalheiro, aquele considerado honrado, pode até se
preparar para se defender (ou a outrem, ou à sua pátria, o que for), mas
deve, antes de tudo, saber que ele tem um dever para com a paz, a
civilidade e com a sua identidade de homem de verdade. Principalmente
nesses tempos de tantas e desnecessárias divisões.
Sem perder a linha
Um grande exemplo de discussão saudável foi dado pelo próprio Senhor
Jesus quando argumentou com os fariseus no Segundo Templo. Rebatia as
perguntas provocadoras com informação contundente e sabedoria, sem
erguer a voz naquela ocasião. Leia o capítulo 8 do Evangelho de João e
aprenda como um homem de verdade conduz um debate civilizado.
Um cavalheiro
Saber se portar num debate é sinal de cavalheirismo na prática, não
só na teoria furada. E não é preciso se portar assim só em relação às
mulheres, por mais que algumas apreciem bastante, mas com outros caras
também.
Hoje em dia o respeito é fundamental para que haja um bom
relacionamento interpessoal. Se você é homem e deseja mudar suas
atitudes, a hora é agora. Participe do projeto Intellimen e aprenda como
ser um homem melhor. Para mais informações sobre o grupo clique aqui.
Fonte: folhauniversal.org
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