Me criei naquela ribeira, pai Nelo e Joaquim Pereira era os dois homens mais rico, pai Nelo tinha dinheiro e o gado era mais bonito.
Me lembro da casa grande, do antigo bebedouro, do velho chapéu de couro. Traz uma lembrança danada de festa de vaquejada, ah se o passado voltasse.
Tinha o touro Ipiranga, gaúcho e tamanduá, tinha o boi coração parceiro de Jatobá, no dia que me recordo da vontade de chorar.
Tinha a burra bela rocha, fineza, torto e mormaço, e tinha o burro novato, os meus tios que eram moço do meu tempo de criança, hoje só resta a lembrança que tudo isso acabou-se.
O meu pai era poeta mas ele não era rico, Bié Caboco poeta era o meu primo legítimo, dou a minha explicação, são essas as recordação na fazenda do espico.
Autor: Antônio Nelo, bisneto do Tenente Manoel Geraldo e pai de João Nelo de Oliveira.
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