terça-feira, 20 de junho de 2017

As tentações da corrupção

 
Infelizmente, há algo que ganha disparado em presença no noticiário atual: a corrupção. Ao que parece, nunca antes houve uma carência tão grande de verdadeiros líderes. Mas será que isso diz respeito só aos réus tão em voga, entre políticos e empresários envolvidos em falcatruas? Não. É um perigo real que, se não tomarmos cuidado, atinge qualquer cara.
 
É claro que ferir a ética não é um fenômeno exclusivamente masculino. Porém, há tentações e erros do lado dos homens que podem tirá-los do rumo se eles não se apegarem à verdade. 

Daí vem a queda em todos os sentidos. Cair no apelo fácil de um “rabo de saia” fora do casamento já destruiu muitas famílias. Aquela propina (paga ou recebida) que parece tornar certas transações e procedimentos na empresa mais fáceis, no fim das contas, não passa de uma tremenda armadilha – olhe aí as manchetes das quais falamos, que não nos deixam mentir.

Outra arapuca é a das dependências químicas, que geralmente vêm disfarçadas de diversão entre “amigos”. “Vai aí uma carreirinha para animar” ou “um trago dessa fumaça não vai lhe fazer mal, colega” são ofertas tão comuns quanto a provocação “ah, você não bebe... não é homem”. E tome vida corrompida, estragada, confusa, cujo fim pode ser trágico.

Pois se algum infeliz questiona sua masculinidade se você não dá uma pulada de cerca, não pratica sexo sem compromisso, não fuma, não bebe ou evita qualquer entorpecente, pense bem: não tem que ser muito homem para ser mais forte que essas porcarias que nunca trouxeram benefício a ninguém? 

Da mesma forma, não se deixe influenciar pelas críticas por você não escolher o caminho que parece mais fácil, como aquela “gorjetinha” para o agente de trânsito desonesto, aquele “faz-me-rir” para o fiscal livrar sua cara de uma multa. Sempre haverá um infeliz para lhe chamar de “sem ambição” ou de “senhor certinho”. Só porque ele não teve força para ser correto, deseja que você também não seja.

Não é questão de ser melhor ou pior que os outros, mas melhor que você mesmo pode ser. Há poucos anos houve uma pesquisa feita pela Universidade de Bonn, nos Estados Unidos, cujos resultados mostravam que a testosterona influenciava a honestidade. Quanto mais desse hormônio masculino, mais correto o cara.

Claro que houve polêmicas – pois mulheres, embora tenham infinitamente menos testosterona que nós (sim, 20 vezes menos, mas têm), também podem ser bastante honestas. Questão de caráter, não de gênero. E caráter é você quem faz, exercita, mantém. Depende mesmo é de vontade, de atitude. Mas o foco dos pesquisadores era outro: provar que o hormônio não é o responsável por aquela tradicional imagem de comportamento agressivo e antissocial.

Entretanto, dá para pegar carona no estudo de Bonn e fazer um paralelo interessante: é claro que honestidade não depende da condição masculina ou feminina, mas, seguindo aquele raciocínio dos cientistas, quanto mais correto, mais viril. Se olharmos pelo lado da verdadeira acepção da palavra “homem”, tem tudo a ver.

Assim, fica o recado: não espere ser considerado um homem de verdade se honestidade não é a sua praia.

Fonte: universal.org

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