No último dia 19 de novembro, um acidente inesperado tirou a vida de
uma mulher em São Paulo. A juíza Adriana Nolasco da Silva, de 46 anos,
morreu após ser atingida por partes de um viaduto que se desprenderam e
caíram em seu carro. O acidente ocorreu na Avenida do Estado, no bairro
do Pari, na zona leste da capital paulista. Um caminhão havia batido no
viaduto minutos antes.
Segundo reportagem da Agência Brasil, o caminhão tinha altura maior
do que a permitida para o local. A Prefeitura de São Paulo afirmou à
agência que o local tinha sinalização que indicava que veículos de no
máximo 4,30 metros podem passar sob o viaduto, mas que o caminhão tinha
4,46 metros.
O boletim de ocorrência registrado no 8º Distrito Policial indica que
pedaços da viga de concreto caíram sobre o teto de um veículo Honda e
feriram a juíza, que estava no banco do passageiro. O motorista do carro
não foi atingido. A vítima foi levada para a Santa Casa e depois
transferida para o Hospital das Clínicas, mas não resistiu aos
ferimentos. O condutor do caminhão afirmou à polícia que seguia o
itinerário determinado pela empresa e, ao passar pelo viaduto, percebeu
que parte da estrutura havia cedido e atingido o carro ao lado.
Ainda
de acordo com a Agência Brasil, a Companhia de Engenharia de Tráfego
(CET) multou o motorista do caminhão e apreendeu o veículo com base no
Artigo 230 do Código de Trânsito Brasileiro. “O veículo também não
portava uma Autorização Especial de Trânsito, documento obrigatório para
carros que ultrapassam a altura limite de 4m40, permitida para circular
dentro da cidade”, afirmou comunicado da prefeitura. O tráfego no local
foi liberado após a constatação de que não havia problemas estruturais.
A FL Logística Brasil, dona do caminhão, informou em nota que o veículo
“transitava dentro dos padrões legais” e que o choque “foi contra uma
estrutura de dutos, fixada embaixo do viaduto, e não no próprio
viaduto”. A nota da empresa ainda traz a afirmação de que “há
informações, ainda não confirmadas, de desnível na pista, de
aproximadamente 15 centímetros, recapeamento recente e de outros
acidentes neste mesmo final de semana no local”.
A Associação Paulista de Magistrados (Apamagis) divulgou nota de
pesar sobre a morte de Adriana Nolasco da Silva, destacando que ela
atuou “com notável esmero e desmedida dedicação”. “Todos os colegas que
puderam desfrutar do convívio diário destacam predicados que ultrapassam
– e muito – os limites da boa técnica jurídica, da capacidade
intelectual e da ética”, diz um trecho do texto.
Quanto tempo ainda temos?
Todo
ser humano carrega, ao longo da vida, a possibilidade da morte. A
finitude do corpo é uma certeza. Entretanto, é quase impossível prever
quanto tempo de vida cada pessoa terá. A morte não está relacionada
apenas a doenças ou ao avanço da idade. Ao contrário, ela é um evento
imprevisível, sem dia nem hora marcada. Mortes como as da juíza,
provocadas por acidentes, costumam inspirar reflexões a respeito das
escolhas que fazemos.
O caminho da vida é traçado de forma diferente por cada pessoa. Mas,
independentemente da opção, uma coisa é certa: as principais decisões
não podem ser deixadas para depois. Adiar uma resolução importante pode
significar perder para sempre a chance de escolher. Ao mesmo tempo, cada
opção implica em uma consequência. Más decisões costumam ter resultados
desagradáveis. E isso serve para tudo: na área financeira, familiar,
amorosa e em outros aspectos da vida.
Se não sabemos quanto tempo de vida teremos, o óbvio seria que todos
nós aproveitássemos cada minuto dela em prol do que acreditamos, sem
perder tempo com sentimentos negativos e atitudes egoístas.
O descuido com a saúde implica em maior possibilidade de doenças. A
irresponsabilidade com os filhos pode comprometer o futuro deles. O
desleixo nas relações familiares leva ao distanciamento. A imprudência
com o dinheiro pode levar à miséria. O desinteresse pelo cônjuge pode
significar o fim do matrimônio. Para os cristãos, o afastamento de Deus
representa o enfraquecimento da fé.
Por isso, como em outras decisões da
vida, o relacionamento com Ele deve ser colocado como prioridade.
A fé deve ser cultivada todos os dias, por meio de ações que
valorizem uma visão espiritual sólida. É preciso estar vigilante. É
preciso viver de forma consciente. Afinal, a morte é um grande lembrete
sobre o valor da vida.
Fonte: universal.org
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