domingo, 3 de dezembro de 2017

Morte traz reflexões sobre as nossas escolhas


No último dia 19 de novembro, um acidente inesperado tirou a vida de uma mulher em São Paulo. A juíza Adriana Nolasco da Silva, de 46 anos, morreu após ser atingida por partes de um viaduto que se desprenderam e caíram em seu carro. O acidente ocorreu na Avenida do Estado, no bairro do Pari, na zona leste da capital paulista. Um caminhão havia batido no viaduto minutos antes.

Segundo reportagem da Agência Brasil, o caminhão tinha altura maior do que a permitida para o local. A Prefeitura de São Paulo afirmou à agência que o local tinha sinalização que indicava que veículos de no máximo 4,30 metros podem passar sob o viaduto, mas que o caminhão tinha 4,46 metros. 

O boletim de ocorrência registrado no 8º Distrito Policial indica que pedaços da viga de concreto caíram sobre o teto de um veículo Honda e feriram a juíza, que estava no banco do passageiro. O motorista do carro não foi atingido. A vítima foi levada para a Santa Casa e depois transferida para o Hospital das Clínicas, mas não resistiu aos ferimentos. O condutor do caminhão afirmou à polícia que seguia o itinerário determinado pela empresa e, ao passar pelo viaduto, percebeu que parte da estrutura havia cedido e atingido o carro ao lado. 

Ainda de acordo com a Agência Brasil, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) multou o motorista do caminhão e apreendeu o veículo com base no Artigo 230 do Código de Trânsito Brasileiro. “O veículo também não portava uma Autorização Especial de Trânsito, documento obrigatório para carros que ultrapassam a altura limite de 4m40, permitida para circular dentro da cidade”, afirmou comunicado da prefeitura. O tráfego no local foi liberado após a constatação de que não havia problemas estruturais. 

A FL Logística Brasil, dona do caminhão, informou em nota que o veículo “transitava dentro dos padrões legais” e que o choque “foi contra uma estrutura de dutos, fixada embaixo do viaduto, e não no próprio viaduto”. A nota da empresa ainda traz a afirmação de que “há informações, ainda não confirmadas, de desnível na pista, de aproximadamente 15 centímetros, recapeamento recente e de outros acidentes neste mesmo final de semana no local”. 

A Associação Paulista de Magistrados (Apamagis) divulgou nota de pesar sobre a morte de Adriana Nolasco da Silva, destacando que ela atuou “com notável esmero e desmedida dedicação”. “Todos os colegas que puderam desfrutar do convívio diário destacam predicados que ultrapassam – e muito – os limites da boa técnica jurídica, da capacidade intelectual e da ética”, diz um trecho do texto.

Quanto tempo ainda temos?
 
Todo ser humano carrega, ao longo da vida, a possibilidade da morte. A finitude do corpo é uma certeza. Entretanto, é quase impossível prever quanto tempo de vida cada pessoa terá. A morte não está relacionada apenas a doenças ou ao avanço da idade. Ao contrário, ela é um evento imprevisível, sem dia nem hora marcada. Mortes como as da juíza, provocadas por acidentes, costumam inspirar reflexões a respeito das escolhas que fazemos. 

O caminho da vida é traçado de forma diferente por cada pessoa. Mas, independentemente da opção, uma coisa é certa: as principais decisões não podem ser deixadas para depois. Adiar uma resolução importante pode significar perder para sempre a chance de escolher. Ao mesmo tempo, cada opção implica em uma consequência. Más decisões costumam ter resultados desagradáveis. E isso serve para tudo: na área financeira, familiar, amorosa e em outros aspectos da vida. 

Se não sabemos quanto tempo de vida teremos, o óbvio seria que todos nós aproveitássemos cada minuto dela em prol do que acreditamos, sem perder tempo com sentimentos negativos e atitudes egoístas. 

O descuido com a saúde implica em maior possibilidade de doenças. A irresponsabilidade com os filhos pode comprometer o futuro deles. O desleixo nas relações familiares leva ao distanciamento. A imprudência com o dinheiro pode levar à miséria. O desinteresse pelo cônjuge pode significar o fim do matrimônio. Para os cristãos, o afastamento de Deus representa o enfraquecimento da fé. 

Por isso, como em outras decisões da vida, o relacionamento com Ele deve ser colocado como prioridade.
A fé deve ser cultivada todos os dias, por meio de ações que valorizem uma visão espiritual sólida. É preciso estar vigilante. É preciso viver de forma consciente. Afinal, a morte é um grande lembrete sobre o valor da vida.

Fonte: universal.org

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