O
bilhete um tanto inusitado de um pai postado no Facebook no dia 2 de junho
(foto acima) gerou mais de 140 mil compartilhamentos e 113 mil curtidas e,
claro, uma repercussão positiva em relação à “moeda de troca” que ele propôs
para a filha no texto. O recado era para que a jovem cumprisse suas obrigações
de casa, no caso lavar a louça e arrumar o quarto, se quisesse ter a senha do
Wi-Fi. Depois de vários pedidos frustrados e de até confiscar o celular da
menina por 24 horas, essa foi a forma que o economista Paulo Machado (foto
abaixo) encontrou para mostrar à filha, Catarina Machado, de 17 anos, que
aquela situação já tinha passado dos limites. “Isso estava me incomodando, já
tinha pego o celular dela, já tinha chamado sua atenção e nada resolveu. O
bilhete surtiu efeito não somente para mim, mas para muitos pais e filhos que
passam por esse problema”, afirmou Paulo em entrevista à Folha Universal.
O efeito
A
internet é uma ferramenta que já faz parte da nossa rotina e isso é inegável.
Seja por necessidade profissional, seja para lazer ou para nos comunicarmos com
alguém o mais rápido possível, é quase impossível viver sem ela. Mas o quase
impossível, para muitos, já se tornou um excesso. A reclamação dos pais quanto
ao tempo que os filhos passam na internet virou algo do cotidiano e um grande
problema para muitos. Os jovens passam horas navegando e esquecem de suas
obrigações. E os pais, sem saber como mudar a situação, tentam impor limites,
mas os métodos nem sempre surtem efeito. Diferentemente de muitos casos, Paulo
resolveu seu problema sem brigas e gritos. O bilhete, escrito de forma
carinhosa e com a assinatura “do pai que te adora”, deixou um bom exemplo de
que, para se obter algo dos pais, os filhos precisam fazer a parte deles. Seria
uma nova tática de educar? Impor limites não é fazer ameaças. É preciso saber o
que fazer e como fazer, estabelecer regras e buscar que sejam cumpridas. A
exposição e repercussão da carta levou Catarina e, com certeza, milhares de
jovens a repensarem suas atitudes em casa. “O bilhete surtiu efeito. Ela tem
feito suas obrigações”, revelou Paulo. Seja por meio de carta, seja por outro
meio de comunicação, a melhor forma de educar ainda é a boa e velha conversa
para que os filhos percebam a importância de ouvir os pais. A atitude desse pai
mostrou que estabelecer regras funciona e não é uma forma de castigo, mas de
reflexão. É uma maneira de preparar os filhos para o mundo que não será
receptivo com eles.
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