segunda-feira, 20 de junho de 2016

Leia, é de se emocionar.


Em visita a Praia de Perobas nesta segunda 20/06 a fim de fazer uma reportagem, foi visto uma cena merecedora de um texto reflexivo a respeito da situação dos jegues no Brasil. Tendo em vista que fotografamos um desses animais com os dois olhos vazados, uma triste realidade. A situação dos jumentos no Nordeste do Brasil se arrasta desde que as motocicletas se popularizaram, vendidas a prestações que cabem no orçamento familiar da região. A imagem da família que ia às compras na cidade e voltava levando as mercadorias e as crianças no lombo do jegue não existe mais. E ninguém faz questão de se lembrar da “Apologia ao jumento”, que conta a saga do maior amigo do sertão na voz de outro Luiz Gonzaga, o famoso: "Arrastou lenha... madeira... pedra, cal, cimento, tijolo... telha. Fez açude, estrada de rodagem, carregou água pra casa do homem... fez a feira e serviu de montaria. O jumento é nosso irmão...” Hoje em dia, nem mesmo onde ainda se usam animais, o jumento encontra espaço. É tanto jumento abandonado que a gente não sabe o que fazer. Lamentamos profundamente.

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