Antigamente,
cursar uma universidade era privilégio de quem tinha boa condição financeira.
Hoje em dia, com o avanço da tecnologia, o acesso a ela é mais fácil e basta
força de vontade para conquistar um diploma. Até quem está longe da
instituição, seja porque mora em outra cidade, seja por não dispor de tempo,
pode optar por uma modalidade que cresce mais a cada ano: o ensino a distância
(EAD).
Segundo
dados do Ministério da Educação (MEC), a quantidade de alunos que optou por
estudar on-line aumentou muito: em 2003, eram 49.911 e dez anos depois o número
saltou para 1.153.572. A professora Ivete Palange, conselheira da Associação
Brasileira de Educação a Distância (Abed), avalia que isso se deve ao fato do
curso ser mais flexível. “Não é necessário enfrentar o trânsito para ir a um
local e é possível fazer a aula em qualquer horário, desde que se tenha acesso
à internet. Se a pessoa mora em uma cidade pequena e deseja realizar um curso
que não existe lá, pode fazê-lo em uma instituição de outro Estado ou país”,
afirma.
Mas,
mesmo com esses argumentos positivos, alguns estudantes desconfiam da sua
eficiência. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Data Popular revela que 93%
dos jovens com menos de 24 anos e 79% dos que têm mais de 24 anos não desejam
fazer cursos a distância. O motivo? A falta de certeza em relação à qualidade e
o receio de não serem tão valorizados pelo mercado de trabalho.
Questão
de necessidade
A
publicitária Ana Paula Caciano, de 23 anos, (foto aolado) fazia parte desse
grupo. “Sempre tive preconceito em relação a qualquer curso on-line porque
achava que seria impossível aprender e não acreditava que teria um bom
resultado se não estivesse frente a frente com o professor”, diz.
Mas,
no ano passado, ela diz que mudou de ideia. “Aqui onde eu moro, em Blumenau
(SC), não há opções de cursos na área de direção de arte e, após fazer uma
pesquisa, vi que em São Paulo havia uma instituição que fornecia essa
especialização. Depois de conversar com os professores, decidi vencer meu
prejulgamento e fazê-lo”, diz.
Os
horários das aulas eram flexíveis e isso facilitou muito o desempenho acadêmico
da publicitária. “Conseguia sair do trabalho, ter um tempinho para estudar e
todas as terças e quintas tinha aula on-line às 20 horas. Estudava à noite com
o material que a escola nos repassava por e-mail. Foi bem tranquilo. Pude
interagir com profissionais da área de todo o País”, destaca.
Após
dois meses de aulas, ela assegura que o que aprendeu agregou muito ao seu
trabalho. “Não precisei me deslocar de cidade para fazer um curso que queria
muito e ainda obtive bons resultados, com menos custos”, enfatiza.
Mas
ela cita uma desvantagem. “Muitas vezes não dá tempo de perguntar tudo o que
você quer ao professor. Essa é a parte um pouco chata das aulas a distância,
mas é algo que dá para relevar”, conclui.
Como
se organizar para um curso online
Busque
instituições de confiança - Após escolher qual deseja cursar, levante
informações sobre quais são as melhores instituições da área.
Construa
uma rotina de acesso diário ao curso - É importante criar uma disciplina
própria para os estudos. Estar atento aos horários de acesso ao curso é
importante que você cumpra suas atividades no prazo.
Esclareça
suas dúvidas - Sempre que precisar, entre em contato com o tutor/professor para
solucionar suas questões. Não resolver uma dúvida pode dificultar seu
desenvolvimento no curso.
Mantenha
contato com os colegas de curso - Amplie as suas relações e o seu conhecimento.
Afinal, você também pode aprender ainda mais ao tirar as dúvidas dos colegas e
ensiná-los sobre pontos que você já não tem mais dificuldade de aprendizagem.
Organize
seus materiais - É essencial ter no computador uma pasta organizada com o
conteúdo das matérias para poder acessá-lo mais facilmente quando precisar.
Evite
distrações - Estudar requer foco. Por isso, evite deixar a televisão ligada,
conferir mensagens no celular ou fazer qualquer outra atividade paralela que
tire dia atenção da aula.
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