As crises financeiras são as principais causas de suicídio no mundo. Conheça histórias de pessoas que perderam tudo e aprenderam como recomeçar do zero.
Eram
7 horas da manhã do dia 21 de junho de 2016. Era o começo do expediente para
milhares de pessoas, mas para os funcionários de uma empresa de sofás de Rio
Claro, interior de São Paulo, não seria um dia qualquer. Ao chegar ao trabalho,
eles encontraram o chefe, Luís Antônio Scussolino, pendurado com uma corda no
pescoço no meio do galpão da fábrica. A Polícia Civil registrou o caso como
suicídio.
Luís
passava por uma fase difícil nos negócios em razão da crise pela qual passa o
País, queda nas vendas e, consequentemente, demissão de funcionários. Uma
semana antes de pôr fim à própria vida, ele havia demitido mais de 220 pessoas.
Medo, tristeza e decepção aparentemente rodeavam a mente dele. Sentimentos que
também fazem parte da vida de muitos
empreendedores.
Para
Tabatha Moraes, coach e especialista em desenvolvimento humano, as dificuldades
empresariais influenciam diretamente nas emoções. “Isso afeta o poder de
decisão e, muitas vezes, impede que se tenha clareza na hora de encontrar
soluções, como inovar ou criar parcerias estratégias. Em menos de dois anos,
cerca de 750 mil empresas fecharam as portas no País”, informa.
Segundo
dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 800 mil pessoas cometem
suicídio no mundo e o Brasil ocupa o oitavo lugar no ranking. As principais
causas são perda do emprego ou falência financeira. Para a psiquiatra Célia
Regina Pessanha Mendes, esse dado é alarmante. “Há diversos registros
históricos que relacionam o aumento de suicídio às épocas de crise. Na Grande
Depressão nos Estados Unidos, por exemplo, muitas empresas faliram e muitas
pessoas se suicidaram. Vivemos esse momento atualmente. Sabemos que a economia
está em crise”, analisa a especialista.
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