Do G1, em Brasília com acréscimos
O deputado federal Eduardo Cunha
(PMDB-RJ) renunciou nesta quinta-feira (7) à presidência da Câmara. Horas
depois da renúncia, o presidente interino, deputado Waldir Maranhão (PP-MA),
marcou para a próxima quinta-feira a eleição que escolherá o novo presidente da
casa. Depois, líderes partidários se reuniram para derrubar a decisão de
Maranhão e marcaram a eleição para terça. O eleito presidirá a Câmara até
fevereiro do ano que vem, quando terminaria a gestão de Cunha. Eduardo Cunha
estava afastado da presidência desde 5 de maio por decisão do Supremo Tribunal
Federal (STF), que também suspendeu o seu mandato parlamentar por tempo
indeterminado. A decisão anunciada pelo peemedebista nesta quinta-feira não
altera o andamento do processo que o investiga no Conselho de Ética, que pode
levar a punição que varia desde advertência até a cassação do mandato de Cunha.
Sob gritos de "fora Cunha" ao chegar ao Salão Verde da Câmara, ele
fez o anúncio da decisão em um pronunciamento, no qual ficou com a voz
embargada e os olhos marejados ao se referir à família, que, segundo disse, foi
alvo de perseguição. Ao se pronunciar, Eduardo Cunha fez a leitura integral da
carta entregue à Câmara, dirigida ao presidente interino da Casa, o
vice-presidente Waldir Maranhão. “É público e notório que a Casa está acéfala,
fruto de uma interinidade bizarra, que não condiz com o que o país espera de um
novo tempo após o afastamento da presidente da República. Somente a minha
renúncia poderá pôr fim a essa instabilidade sem prazo. A Câmara não suportará
esperar indefinidamente." Ainda salientou, "estou pagando um alto
preço por ter dado início ao impeachment. Não tenho dúvidas, inclusive, de que
a principal causa do meu afastamento reside na condução desse processo de
impeachment da presidente afastada. Tanto é que meu pedido de afastamento foi
protocolado pelo PGR (procurador-geral da República) em 16 de dezembro, logo
após a minha decisão de abertura do processo", justificou Cunha no
pronunciamento, em referência ao processo de impeachment da presidente afastada
Dilma Rousseff, que se iniciou na Câmara sob a gestão dele. Vale salientar que quem com ferro fere, com ferro será ferido, assim concluo esta matéria ciente de que toda maldade feita com presidenta afastada, fruto das artimanhas do Cunha estão estão sendo colhidas, ou seja, Eduardo Cunha está provando do seu próprio veneno.
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