Só nos deixamos enganar quando queremos. O termo deixamos, aqui, é esclarecedor. Fala por si. "Deixar" significa permitir. E só damos permissão a algo quando queremos dar. Na maioria das vezes os sinais de quem a pessoa é de verdade estão ali o tempo todo: nas atitudes, nos gestos, na fala, no comportamento. Vemos, percebemos, constatamos. Mas, aí, fechamos os olhos a esses sinais. Por quê? É o que veremos em seguida.
Qual deles é você?
Fechamos os olhos por vários motivos. O primeiro passo para mudar esse cenário, e manter os olhos bem abertos, é reconhecer em qual dos tipos "permissivos" (aqueles que permitem que os outros o enganem) nos encaixamos.
O OTIMISTA
O otimista - em particular o otimista incurável - fecha os olhos porque acha que os sinais são passageiros e que logo, logo a pessoa difícil vai se mostrar como realmente é: simpática, amiga, bondosa etc. O engano costuma custar caro!
O APAIXONADO
O apaixonado fecha os olhos porque está obcecado não por amor, mas pela carência. A necessidade de ter alguém ao lado é tanta que ele nem leva em conta a personalidade, o caráter desse alguém. Aí, é desastre na certa.
O BONZINHO
O bonzinho fecha os olhos porque é incapaz de enxergar a maldade. Pensa que todo mundo é como ele: incapaz de maledicência, de crueldade, de atitudes destrutivas. Por isso é uma das vítimas preferidas das pessoas destrutivas.
O INGÊNUO
O ingênuo fecha os olhos porque está sempre envolto na capa da ingenuidade. Tem uma pureza interior que - como acontece com o bonzinho - o impede de ver as coisas como realmente são. Também é uma das vítimas prediletas dos destrutivos.
O NECESSITADO
O necessitado fecha os olhos porque tem alguma relação de dependência com a pessoa difícil. Pode ser cônjuge, empregado, subordinado ou até mesmo candidato a emprego de alguém complicadíssimo. Finge que não vê os sinais por uma questão de sobrevivência. Mas logo percebe que "sobreviver" não é só uma questão financeira ou de estado civil. Sobreviver é, antes de tudo, estar inteiro, estar feliz. O resto é conseqüência.
O DESLIGADO
o desligado nem precisa fechar os olhos - eles já estão fechados. Com a cabeça nas nuvens, ele não percebe nada além de ... nuvens. Perdido em pensamentos, ou em sonhos, só presta atenção numa coisa: nele mesmo. E aí, claro, tropeça na própria sombra.
Fonte: Fundação Victor Civita
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