Vêm sendo notícia nos últimos dias as tentativas de desenvolver uma vacina mundo afora. “Existe um consórcio anglo-australiano que já vinha trabalhando em uma vacina contra o vírus da Sars e que recebeu um forte empurrão com a chegada do novo coronavírus”, exemplifica Granato. “Até onde eu sei, eles já estavam bem adiantados há um mês e estimavam que dentro de mais dois meses terão um protótipo para ser colocado em ensaio clínico.”
As pesquisas australianas estão se destacando. Nesta terça, a revista científica Nature Medicine publicou um estudo desenvolvido pelo Instituto Peter Doherty de Infecção e Imunidade em Melbourne que mostra como o sistema imunológico combate o novo coronavírus. Em janeiro, o instituto já havia ganhado os holofotes por ser o primeiro laboratório fora da China a recriar o vírus. Os estudos ali desenvolvidos podem conter a chave para o desenvolvimento de uma vacina eficiente.
Na Alemanha, os estudos mais avançados são da empresa CureVac, que trabalha na fabricação da vacina em colaboração com o Instituto Paul Ehrlich, vinculado ao Ministério da Saúde da Alemanha. Eles estimam desenvolver a versão experimental do produto até o meio do ano.
O Instituto de Pesquisas da Galileia (Migal), de Israel, trabalha numa versão oral de vacina. Os cientistas declararam à imprensa israelense que os estudos já estão bastante avançados e os testes devem ser iniciados dentro de dois meses.
Nesta segunda-feira 16, autoridades de saúde dos EUA anunciaram o primeiro teste em humanos de uma vacina contra o novo coronavírus. O produto vem sendo desenvolvido pela empresa Moderna, em parceria com o Instituto Nacional de Saúde americano (NIH). O método empregado é o baseado no RNA. Mas esta primeira bateria de testes, da qual devem participar 45 adultos voluntários saudáveis, entre 18 e 55 anos de idade, serve apenas para verificar se a vacina apresenta ou não efeitos colaterais.
Fonte: Carta Capital
Fonte: Carta Capital
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