terça-feira, 15 de maio de 2018

Você já mordeu a isca?


Neste mês, nem o Dia das Mães escapou das investidas dos criminosos virtuais, que aproveitaram a data para aplicar um novo golpe pela rede social WhatsApp. Com a promessa de oferecer um kit de beleza gratuito, eles espalharam um falso link, capaz de instalar programas maliciosos e roubar informações pessoais dos internautas. Esses dados são usados, por exemplo, em fraudes financeiras. 
Não é a primeira vez e não será a última que o WhatsApp é usado para a prática de golpes, que se tornam cada vez mais sofisticados. O crime é conhecido como phising. Você sabe o que o termo significa?
Segundo o analista de sistemas Leonardo do Fracescantonio, o phishing, em livre tradução, significa “pescar” e traz a ideia de apropriação das informações dos usuários a partir de iscas. “O infrator monta uma página clone muito parecida com a original, que confunde o usuário e acaba roubando as informações dele. Por exemplo: se ele acessar um falso link do banco, ele colocará as dados, tais como senha, agência e conta, e os fraudadores, autores do link falso, terão acesso às informações.”
Como funciona
O golpe ocorre quando uma pessoa envia para você um link malicioso. Esse link direciona o seu acesso a um site, que solicita e usa os seus dados pessoais.
Você pode receber o falso link promocional até mesmo de alguém de confiança, seja pela simples vontade de compartilhar ou porque a promoção obriga a repassar o golpe. Muitas vezes, eles não sabem que aquilo é um phishing. “Sem saber, as pessoas acabam fazendo o trabalho pesado do infrator”, diz o analista.
Segundo o Relatório da Segurança Digital no Brasil, realizado pelo laboratório de segurança digital da PSafe, o total de acessos para links maliciosos no País, no período do terceiro semestre de 2017, foi de mais de 65 milhões. O estudo revelou que os brasileiros acessaram, em média, 9,6 links maliciosos por segundo neste período.
Alguns dos golpes mais recentes são os que oferecem cupons de descontos de redes de fast food, vagas falsas de emprego em grandes empresas, recarga grátis no celular, além dos golpes do Bolsa Família e do saque do FGTS.
O que fazer
Se você foi vítima desse tipo de golpe, confira abaixo algumas orientações.
Caso isso ainda não tenha acontecido com você, fique atento(a). O analista Leonardo recomenda atenção aos links recebidos. Não clique em links suspeitos. Se receber alguma promoção tentadora, visite diretamente o site oficial da empresa em questão e confira a veracidade da oferta. “Evite fazer cadastros em sites desconhecidos e tente olhar de forma crítica toda informação recebida. Use a razão e deixe de lado a curiosidade e a ansiedade”, adverte.
Fui vítima!


Como proceder, caso o crime seja praticado contra você:
* Caso as informações sejam da sua conta bancária ou cartão, realize um Boletim de Ocorrência na Delegacia. Algumas são especializadas em crimes digitais;
* Registre sua reclamação no site da empresa cujo nome foi utilizado indevidamente e em sites de defesa do consumidor, como Procon e Reclame Aqui;
* Comunique o golpe para as pessoas com as quais compartilhou o link;
* Troque as senhas do banco e das redes sociais e tente manter atualizado seu antivírus, para bloquear programas maliciosos.
Fonte: universal.org

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